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  1. Descoberto túmulo de guerreiro que viveu há 1.300 anos

    Sat, 01 Nov 2025 23:12:57 -0000

    Arqueólogos desenterraram bens funerários do túmulo de um guerreiro ávaro de alta patente dos anos 600 d.C. na Hungria

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    <p>Arqueólogos do Museu Szent István Király, na Hungria, desenterraram o <a href="https://gizmodo.uol.com.br/escavacao-no-egito-encontra-tres-tumulos-da-era-do-novo-imperio/">túmulo</a> de um guerreiro ávaro de alta patente, próximo à fronteira entre Aba e Székesfehérvár. O sepultamento data de entre 670 e 690 d.C., durante o período ávaro médio, quando a região fazia parte do Canato ávaro.</p> <p>Os ávaros são conhecidos por seus conflitos com o Império Bizantino e sua influência nas migrações eslavas para o sudeste da Europa.</p> <ul class="sup-related-posts"> <li class="item"><a href="https://gizmodo.uol.com.br/arqueologos-encontram-tumulo-megalitico-de-5-mil-anos-na-espanha/">Arqueólogos encontram túmulo megalítico de 5 mil anos na Espanha</a></li> <li class="item"><a href="https://gizmodo.uol.com.br/tatuagem-mumia-2-500-anos/">Cientistas descobrem tatuagem em múmia de 2.500 anos</a></li> </ul> <p>O túmulo oferece um raro vislumbre de sua cultura material e tradições funerárias. A parte superior do esqueleto foi movida séculos atrás, entretanto, os ossos do braço e da parte inferior do corpo permaneceram em sua posição anatômica original.</p> <h3>Bens encontrados no túmulo de guerreiro ávaro revelam riqueza e ritos funerários</h3> <p>Apesar dos indícios de que o túmulo havia sido saqueado na antiguidade, o local continha uma rica coleção de bens funerários, comprovando o status de elite do guerreiro. Entre eles, estava um raro sabre com lâmina e punho intactos. Além disso, a escavação revelou uma faca longa, acessórios de cinto de prata, anéis de trança dourados, brincos com contas de vidro e pontas de flecha. Os antigos ladrões também deixaram as armas e ornamentos do guerreiro.</p> <p>O sabre foi difícil de escavar, pois estava extremamente frágil após permanecer no solo por mais de treze séculos, <a href="https://www.facebook.com/SzentIstvanKiralyMuzeum/posts/1740438176889154?ref=embed_post" target="_blank" rel="noopener">segundo uma publicação do museu no Facebook</a>. Então, voluntários do Programa de Arqueologia Comunitária do museu projetaram um suporte de madeira para içar a arma e o bloco de solo ao redor. A técnica permitiu a movimentação do sabre intacto para microescavação e conservação no laboratório.</p> <p>A conservadora Petra Bódisné Szalontai concluiu a restauração. O requinte dos artefatos, como a curva do sabre e a decoração, o tornam um dos mais raros exemplares de armamento ávaro. Já os ornamentos em prata e ouro também demonstram a habilidade técnica dos metalúrgicos ávaros.</p> <p>As descobertas oferecem insights sobre a vida cultural e social do Khaganato Ávar no final do século 7. Também testemunham a riqueza, técnicas e ritos funerários de uma das potências nômades mais importantes da Europa medieval.</p> <p>Com informações de <em>Archaeology Magazine</em>.</p> <p>The post <a href="https://gizmodo.uol.com.br/descoberto-tumulo-de-guerreiro-que-viveu-ha-1-300-anos/">Descoberto túmulo de guerreiro que viveu há 1.300 anos</a> appeared first on <a href="https://gizmodo.uol.com.br">Giz Brasil</a>.</p>
  2. No palco dinâmico do universo, o ‘ambiente’ influencia no comportamento de cada galáxia

    Sat, 01 Nov 2025 22:19:37 -0000

    O Universo não é apenas um lugar onde as galáxias existem: ele é um palco dinâmico, onde o ambiente transforma essas gigantes ao longo do tempo.

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    <p class="theconversation-article-title"><a style="font-size: 16px;" href="https://theconversation.com/profiles/paulo-afranio-augusto-lopes-2512162">Paulo Afrânio Augusto Lopes</a><span style="font-size: 16px;">, </span><em style="font-size: 16px;"><a href="https://theconversation.com/institutions/universidade-federal-do-rio-de-janeiro-ufrj-2982">Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)</a></em><span style="font-size: 16px;">; </span><a style="font-size: 16px;" href="https://theconversation.com/profiles/andre-luis-batista-ribeiro-2512167">André Luís Batista Ribeiro</a><span style="font-size: 16px;">, </span><em style="font-size: 16px;"><a href="https://theconversation.com/institutions/universidade-estadual-de-santa-cruz-uesc-891">Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC)</a></em><span style="font-size: 16px;"> e </span><a style="font-size: 16px;" href="https://theconversation.com/profiles/douglas-brambila-dos-santos-2512169">Douglas Brambila dos Santos</a><span style="font-size: 16px;">, </span><em style="font-size: 16px;"><a href="https://theconversation.com/institutions/universidade-de-sao-paulo-usp-787">Universidade de São Paulo (USP)</a></em></p> <div class="theconversation-article-body"> <p>Galáxias são sistemas gigantescos compostos por bilhões — às vezes trilhões — de estrelas, planetas, gás, poeira e matéria escura, todos ligados pela gravidade. Estima-se que o Universo observável contenha mais de dois trilhões dessas estruturas cósmicas. Elas assumem formas variadas: espirais, como a Via Láctea, com seus braços girando em torno de um centro; elípticas, mais antigas e com pouco gás e poeira; e irregulares, muitas vezes resultado de colisões ou interações galácticas.</p> <p>Há cerca de dois anos, nós do <a href="https://ov.ufrj.br/">Observatório do Valongo (Universidade Federal do Rio de Janeiro)</a> e da <a href="https://www.uesc.br/">Universidade Estadual de Santa Cruz</a> publicamos um <a href="https://academic.oup.com/mnrasl/article/527/1/L19/7280768">estudo</a> na <a href="https://ras.ac.uk/">Royal Astronomical Society</a> que acrescentou novos dados sobre o papel dos grupos de galáxias no processo de evolução de cada uma delas. É como se o “ambiente” influenciasse literalmente do comportamento. Esse trabalho despertou grande interesse da comunidade científica — e há bons motivos para isso.</p> <p>Antes de explicar o porquê, vale compreender um pouco melhor como as galáxias evoluem.</p> <h2>Como as galáxias se formam e evoluem</h2> <p>Segundo o modelo mais aceito atualmente, as primeiras estruturas a se formar no Universo foram pequenas, compostas principalmente por matéria escura e gás. Com o tempo, essas estruturas se fundiram, originando sistemas cada vez maiores. Assim nasceram os <a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Aglomerado_de_gal%C3%A1xias#:%7E:text=Os%20aglomerados%20de%20gal%C3%A1xias%20s%C3%A3o,rico%20possui%20aproximadamente%201000%20gal%C3%A1xias.">aglomerados de galáxias</a>, os maiores objetos cósmicos conhecidos, contendo de centenas a milhares de galáxias ligadas pela gravidade.</p> <p>O comportamento das galáxias depende fortemente do ambiente em que estão. Em regiões mais vazias (também conhecidas como “campo”), predominam galáxias azuis, ricas em gás e com intensa formação estelar. Nas regiões mais densas do Universo, no centro de aglomerados, são mais comuns galáxias vermelhas, mais velhas e com pouca ou nenhuma formação de novas estrelas.</p> <p>Isso ocorre porque, em locais com muita matéria ao redor, as galáxias sofrem diversos tipos de interações: perdem gás, colidem com vizinhas ou são afetadas pelo gás quente que permeia os aglomerados.</p> <p>Mas os aglomerados não surgem de uma só vez. Eles crescem com o tempo, atraindo grupos menores de galáxias que “caem” em sua direção. É nesse ponto que a história fica ainda mais interessante.</p> <h2>Pré-processamento: envelhecendo antes da hora</h2> <p>O destino de uma galáxia tem forte correlação com o ambiente que a cerca. Uma galáxia isolada no “campo” — regiões de baixa densidade de matéria — tem uma evolução mais lenta. Já uma galáxia que vive em um grupo, um ambiente mais denso que o campo, mas menos extremo que um aglomerado, começa a mudar antes mesmo de entrar num aglomerado. Nesse ambiente intermediário, ela pode perder gás, reduzir ou cessar a formação de estrelas e até mudar de forma.</p> <p>Esse processo é chamado de pré-processamento. Em outras palavras, o grupo já “envelhece” precocemente a galáxia, acelerando sua evolução. Assim, quando ela finalmente alcança o aglomerado, já não é mais a mesma.</p> <p>Ao longo dos anos, muitos estudos investigaram como esse pré-processamento funciona. Alguns analisaram quando e como grupos menores caem nos aglomerados. Outros examinaram a influência de fatores como buracos negros supermassivos ativos, densidade local e massa das galáxias. Além disso, foi observado que a formação estelar muda com a distância ao centro do aglomerado: quanto mais longe, mais ativas tendem a ser as galáxias.</p> <p>Contudo, poucos trabalhos separaram claramente galáxias que vieram de grupos daquelas que chegaram sozinhas, e quase nenhum analisou regiões realmente distantes do centro dos aglomerados.</p> <h2>Quebra de paradigma: nosso estudo</h2> <p>Foi justamente aí que nosso trabalho se destacou. Apresentamos evidências diretas e convincentes de que o ambiente de grupos começa a transformar as galáxias antes de elas entrarem nos aglomerados — um efeito claro de pré-processamento.</p> <p>Para isso, comparamos duas populações principais:</p> <p>Galáxias de grupo, que pertencem a subestruturas dentro ou próximas aos aglomerados. E as galáxias individuais, que chegam aos aglomerados sozinhas, sem estarem associadas a nenhum subgrupo.</p> <p>A análise foi feita até grandes distâncias, chegando ao chamado raio de reversão (cerca de cinco vezes o raio de um aglomerado), a região em que a gravidade do aglomerado começa a dominar e puxar as galáxias para dentro. Também comparamos esses objetos com galáxias que vivem em grupos isolados, longe dos aglomerados, e com galáxias de campo, situadas em regiões de baixa densidade.</p> <h2>Palco cósmico em transformação</h2> <p>Os resultados mostraram que as galáxias já começam a mudar antes mesmo de atravessarem as regiões mais densas, no centro de aglomerados. O ambiente de grupos tem, portanto, um papel crucial na vida dessas estruturas cósmicas. E a história de muitas galáxias começa a ser escrita bem antes de chegarem aos aglomerados.</p> <p>O Universo não é apenas um lugar onde as galáxias existem: ele é um palco dinâmico, onde o ambiente transforma essas gigantes ao longo do tempo. Pesquisas com telescópios e simulações numéricas confirmam esse efeito: mesmo longe do centro dos aglomerados, as galáxias já diferem daquelas que vivem isoladas. O passado ambiental — por onde uma galáxia passou — deixa marcas profundas em sua evolução.</p> <h2>Em síntese</h2> <p>Nossos resultados indicam que galáxias que chegam aos aglomerados acompanhadas, em grupos, mostram sinais claros de transformação antes mesmo de entrarem nas regiões mais densas.</p> <p>Essas galáxias vivem em ambientes com muito mais vizinhas ao redor, o que acelera seu envelhecimento: param de formar estrelas mais cedo e, com o tempo, mudam de forma. Já as que chegam sozinhas percorrem regiões menos densas e mantêm suas características por mais tempo.</p> <p>Além disso, nossos dados sugerem que o fim da formação estelar ocorre mais rapidamente do que as mudanças morfológicas, o que ajuda a compreender com mais precisão como e quando as galáxias se transformam no Universo.</p> <p>Ao investigar o pré-processamento galáctico, revelamos que a trajetória de uma galáxia não começa quando ela entra em um aglomerado — mas muito antes disso. Essa descoberta reforça a importância do ambiente de grupos na evolução cósmica e abre novas portas para entendermos melhor a história das galáxias e do próprio Universo.</p> <hr /> <p><em>Esta pesquisa contou com o apoio de diversas agências de fomento. Entre elas, o <a href="https://www.gov.br/cnpq/pt-br">Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)</a>, a <a href="https://www.gov.br/capes/pt-br">Coordenação de Pessoal de Nível Superior (Capes)</a>, a <a href="https://www.faperj.br/">Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj)</a> e a <a href="https://www.fapesb.ba.gov.br/">Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia </a>.</em><!-- Abaixo está a tag de contagem de página do The Conversation. Por favor, NÃO REMOVA. --><img decoding="async" style="border: none !important; box-shadow: none !important; margin: 0 !important; max-height: 1px !important; max-width: 1px !important; min-height: 1px !important; min-width: 1px !important; opacity: 0 !important; outline: none !important; padding: 0 !important;" src="https://counter.theconversation.com/content/267778/count.gif?distributor=republish-lightbox-basic" alt="The Conversation" width="1" height="1" /><!-- Fim do código. Se você não vir nenhum código acima, obtenha um novo código na aba Avançado, depois de clicar no botão Republicar. O contador de páginas não retém quaisquer dados pessoais. Mais informações: https://theconversation.com/republishing-guidelines --></p> <p><a href="https://theconversation.com/profiles/paulo-afranio-augusto-lopes-2512162">Paulo Afrânio Augusto Lopes</a>, Professor associado no Observatório do Valongo, <em><a href="https://theconversation.com/institutions/universidade-federal-do-rio-de-janeiro-ufrj-2982">Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)</a></em>; <a href="https://theconversation.com/profiles/andre-luis-batista-ribeiro-2512167">André Luís Batista Ribeiro</a>, Professor Pleno, <em><a href="https://theconversation.com/institutions/universidade-estadual-de-santa-cruz-uesc-891">Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC)</a></em> e <a href="https://theconversation.com/profiles/douglas-brambila-dos-santos-2512169">Douglas Brambila dos Santos</a>, Bolsista Fapesp, <em><a href="https://theconversation.com/institutions/universidade-de-sao-paulo-usp-787">Universidade de São Paulo (USP)</a></em></p> <p>This article is republished from <a href="https://theconversation.com">The Conversation</a> under a Creative Commons license. Read the <a href="https://theconversation.com/no-palco-dinamico-do-universo-o-ambiente-influencia-no-comportamento-de-cada-galaxia-267778">original article</a>.</p> </div> <p>The post <a href="https://gizmodo.uol.com.br/no-palco-dinamico-do-universo-o-ambiente-influencia-no-comportamento-de-cada-galaxia/">No palco dinâmico do universo, o ‘ambiente’ influencia no comportamento de cada galáxia</a> appeared first on <a href="https://gizmodo.uol.com.br">Giz Brasil</a>.</p>
  3. Empresa cria implante com óculos inteligente capaz de recuperar visão

    Sat, 01 Nov 2025 21:27:19 -0000

    O dispositivo, chamado PRIMA, foi desenvolvido em um ensaio clínico liderado por pesquisadores da Stanford Medicine

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    <p>Dezenas de<a href="https://gizmodo.uol.com.br/cirurgia-que-altera-cor-do-olho-tem-uso-restrito-para-pessoas-cegas/"> pacientes com perda de visão</a> devido a uma degeneração macular relacionada à idade recuperaram parte da visão usando um implante ocular com óculos inteligentes. Um <a href="https://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJMoa2501396" target="_blank" rel="noopener">estudo publicado nesta segunda-feira (20)</a> relatou que os pacientes conseguiram enxergar bem o suficiente para completar palavras cruzadas e ler livros.</p> <ul class="sup-related-posts"> <li class="item"><a href="https://gizmodo.uol.com.br/implante-intraocular-amplia-perspectivas-de-tratamento-da-toxoplasmose-ocular/">Implante intraocular amplia perspectivas de tratamento da toxoplasmose ocular</a></li> <li class="item"><a href="https://gizmodo.uol.com.br/testes-com-oculos-de-sol-apontam-falhas-na-protecao-contra-raios-ultravioleta/">Testes com óculos de sol apontam falhas na proteção contra raios ultravioleta</a></li> <li class="item"><a href="https://gizmodo.uol.com.br/cirurgia-que-altera-cor-do-olho-tem-uso-restrito-para-pessoas-cegas/">Cirurgia que altera cor do olho tem uso restrito para pessoas cegas</a></li> </ul> <p>Os participantes incluíram pessoas a partir de 60 anos com DMRI diagnosticada nos dois olhos e deficiência visual com acuidade visual de pelo menos 1,2 logMAR.</p> <p>A degeneração não pode ser revertida porque as células no centro da retina dos pacientes morrem. Entretanto, o estudo se concentrou em restaurar parte dessa visão usando um dispositivo de 2 por 2 milímetros com minúsculos painéis solares fotovoltaicos.</p> <h3>Como funcionam os implantes com óculos inteligentes?</h3> <p>No processo, médicos implantaram o <a href="https://www.theverge.com/news/802905/eye-implant-smart-glasses-restores-vision">dispositivo</a> cirurgicamente sob a retina. Então, os pacientes usavam óculos inteligentes equipados com câmera, que transmitiam imagens ampliadas do mundo para o implante com luz infravermelha próxima. Já o implante pulsava pequenos sinais elétricos no nervo óptico, imitando o funcionamento normal das células da retina.</p> <p>O estudo começou com 38 pacientes que receberam o implante. 32 deles permaneceram no ensaio clínico por um ano inteiro. Depois disso, 26 dos 32 conseguiam enxergar melhor do que quando começaram, em uma taxa de sucesso de 80%.</p> <h3>Tecnologia recupera visão tem limitações e pertence a parceiro de Elon Musk</h3> <p>Embora os pacientes só consigam enxergar de forma turva e em preto e branco, o trabalho foi considerado &#8220;incrível&#8221;.</p> <p>O dispositivo, chamado PRIMA, foi idealizado pelo oftalmologista Daniel Palanker, da <a href="https://med.stanford.edu/news/all-news/2025/10/eye-prosthesis.html?utm_source=chatgpt.com" target="_blank" rel="noopener">Universidade de Stanford</a>, coautor sênior do artigo de pesquisa liderado pelo oftalmologista Frank Holz, da Universidade de Bonn, na Alemanha.</p> <p>A Science Corporation, startup de bioeletrônica do cofundador da Neuralink, Max Hodak, adquiriu a tecnologia da Pixium Vision no ano passado, tornando-se uma das financiadoras do projeto.</p> <p>Por fim, leia também no<strong> Giz Brasil</strong>: <a href="https://gizmodo.uol.com.br/intoxicacao-por-metanol-tecnologia-identifica-sinais-de-cegueira-precocemente/">Intoxicação por metanol: tecnologia identifica sinais de cegueira precocemente</a>.</p> <p>The post <a href="https://gizmodo.uol.com.br/empresa-cria-implante-com-oculos-inteligente-capaz-de-recuperar-visao/">Empresa cria implante com óculos inteligente capaz de recuperar visão</a> appeared first on <a href="https://gizmodo.uol.com.br">Giz Brasil</a>.</p>
  4. Peixes de estuários e manguezais do Nordeste têm mais micronutrientes que outras proteínas animais

    Sat, 01 Nov 2025 20:35:59 -0000

    Dados nutricionais dos peixes foram confrontados com a composição de carnes bovina, suína, de frango e ultraprocessadas

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    <p>No Nordeste brasileiro, peixes encontrados em manguezais e estuários – ambientes de transição entre rio e mar – apresentam níveis semelhantes, ou mesmo superiores, de micronutrientes quando comparados a carnes de outros animais. É o que mostra pesquisa conduzida em parceria pelas universidades federais do Rio Grande do Norte (UFRN) e de Santa Maria (UFSM) <a href="https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S2530064425000525" target="_blank" rel="noopener">publicada</a> na revista Perspectives in Ecology and Conservation.</p> <p>Os resultados ressaltam a importância desses animais para a promoção da segurança alimentar e nutricional das comunidades costeiras, em especial daquelas com acesso limitado a outras fontes de proteínas, e reforçam a necessidade de conservar os ecossistemas que sustentam essas espécies.</p> <p>A equipe comparou os teores de cálcio, ferro, zinco, selênio e ômega-3 de 17 espécies de peixes ósseos capturados em estuários do Nordeste com os encontrados em outras fontes de proteína animal. As espécies foram selecionadas a partir de estudos publicados entre 1994 e 2005 sobre peixes importantes para comunidades costeiras do norte do Maranhão ao sul da Bahia. Os dados nutricionais foram, então, confrontados com a composição de carnes bovina, suína, de frango e ultraprocessadas, como a salsicha, com todos os nutrientes padronizados para cada 100 gramas de parte comestível.</p> <p>A concentração média de cálcio nos peixes foi cerca de três vezes maior que na salsicha e quase 18 vezes maior que na carne bovina, de frango e suína. O teor médio de ômega-3 dos peixes foi 80 vezes superior ao das outras fontes alimentares. O ferro apresentou média 1,8 vez maior que no frango e semelhante ao da carne suína, enquanto os valores de zinco se mostraram próximos aos do frango. Já o teor médio de selênio foi cerca de quatro vezes superior ao da carne suína e semelhante às concentrações do frango e da carne bovina.</p> <p>Considerando esses valores médios, uma porção de 100 gramas de peixe pode fornecer aproximadamente 31% da ingestão diária recomendada de ômega-3, 100% de selênio, 20% de zinco, 17% de ferro e 13% de cálcio. Espécies como a tainha (<em>Mugil curema</em>), a carapeba (<em>Diapterus rhombeus</em>) e o carapicu (<em>Eucinostomus argenteus</em>) são particularmente ricas em cálcio e ferro.</p> <p>“Demonstrar o potencial desses peixes em suprir demandas nutricionais das populações é uma ferramenta importante para valorização e conservação dos ecossistemas estuarinos e de manguezal”, argumenta o pesquisador da UFRN Guilherme Longo, autor do estudo. Diante desse cenário, o pesquisador avalia que o agravamento de problemas ambientais pode ganhar escala e gerar problemas de saúde pública. “Esses recursos são frequentemente mais acessíveis a populações em vulnerabilidade social, que não necessariamente teriam acesso a outras fontes de proteína animal capazes de suprir a demanda de micronutrientes”, ressalta.</p> <p>A pesquisa faz parte de uma série de trabalhos da rede PPBio/INTEGRAMar que visa demonstrar a importância de conservar ambientes naturais saudáveis como forma de garantia dos benefícios que eles oferecem, como o alimento e os micronutrientes. “Temos outras pesquisas em andamento sobre temas como o consumo de frutos do mar nos estados litorâneos do Brasil, além de estratégias para refinar os dados obtidos e prever os impactos da perda dessas espécies no potencial de provisão de micronutrientes”, exemplifica. “A principal questão aqui não é, necessariamente, aumentar o consumo dos pescados, mas promover esforços que mantenham o ambiente saudável para que os peixes continuem a oferecer os micronutrientes necessários às populações”, conclui.</p> <p><a href="https://abori.com.br/colecao/ressoa-oceano/"><img decoding="async" class="" src="https://abori.com.br/wp-content/themes/agenciabori/images/selo-ressoa.png" width="132" height="132" /></a></p> <div class="colecao"><span class="label">Coleção:</span> <a href="https://abori.com.br/colecao/ressoa-oceano/" rel="tag">Ressoa Oceano</a></div> <p><span class="label">DOI: </span><a href="https://doi.org/10.1016/j.pecon.2025.10.001" target="_blank" rel="noopener">https://doi.org/10.1016/j.pecon.2025.10.001</a></p> <p>The post <a href="https://gizmodo.uol.com.br/peixes-de-estuarios-e-manguezais-do-nordeste-tem-mais-micronutrientes-que-outras-proteinas-animais/">Peixes de estuários e manguezais do Nordeste têm mais micronutrientes que outras proteínas animais</a> appeared first on <a href="https://gizmodo.uol.com.br">Giz Brasil</a>.</p>
  5. Cura de câncer de próstata pode chegar a até 98%

    Sat, 01 Nov 2025 18:50:22 -0000

    Estimativa é de especialista da Sociedade Brasileira de Urologia

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    <p>A estimativa de cura para pacientes com câncer de próstata pode chegar a até 98%. A avaliação é do supervisor de robótica do Departamento de Terapia Minimamente Invasiva da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), Gilberto Laurino Almeida.<img decoding="async" src="https://agenciabrasil.ebc.com.br/ebc.png?id=1663958&amp;o=node" /><img decoding="async" src="https://agenciabrasil.ebc.com.br/ebc.gif?id=1663958&amp;o=node" /></p> <p>Segundo o médico, <strong>o resultado depende do estágio da doença, do tipo de câncer e do momento em que o paciente foi tratado.</strong> “No início da doença, a chance de cura é alta. Se foi tratado com a doença em estágio mais avançado, a chance é menor”, afirmou o urologista.</p> <p>O Instituto Nacional de Câncer (Inca) estima para este ano 71.730 novos casos de câncer de próstata no Brasil. Depois do câncer não cutâneo, este tipo de câncer é o que apresenta maior frequência e impacto na população masculina. <strong>Dados do sistema de informações sobre mortalidade do Ministério da Saúde revelam que, em 2023, ocorreram 17.093 óbitos em decorrência da doença, o que significa 47 mortes por dia.</strong></p> <h2>Campanha</h2> <p>Almeida destacou que <strong>os homens precisam se cuidar</strong>. Este é o mote da Campanha Novembro Azul 2025, que a instituição está prestes a lançar. “Não é só a próstata. Tem todo um conceito de saúde por trás disso tudo. É a saúde do homem que está em jogo; não só a saúde da próstata. Para viver mais, o homem precisa se cuidar mais”. Ele reforçou que, hoje, as pessoas vivem mais e melhor.</p> <blockquote><p>“E se o homem não estiver inserido nesse contexto, claramente ele vai perder anos de vida por algumas doenças que são evitáveis, como o câncer de próstata. A cura, como falei, chega a até 98% mas, para isso, tem que ser diagnosticado no estágio inicial”.</p></blockquote> <p>A Campanha Novembro Azul entra para fazer com que os homens se lembrem dessas informações e procurem um médico urologista. <strong>Uma das dificuldades apontadas pelo especialista da SBU é que o homem não tem o hábito de visitar o médico com frequência, como ocorre com as mulheres em relação ao ginecologista.</strong></p> <p>Inserido na Campanha Novembro Azul deste ano, a SBU fará um mutirão de atendimentos em Florianópolis (SC), no próximo dia 12, dentro do 40º Congresso Brasileiro de Urologia, que ocorrerá  no período de 15 a 18 daquele mês. O mutirão vai alertar sobre o câncer de próstata e submeter muitos homens à avaliação sobre esse tipo de doença. Caso alguns tenham suspeita de câncer de próstata, serão encaminhados para biópsia. <strong>Caso a biópsia confirme o câncer, os homens serão direcionados para o melhor tratamento</strong>.</p> <p>Segundo o médico, entre 85% e 90% dos casos de câncer de próstata são esporádicos, isto é, não têm origem familiar. <strong>O que se chama de preventivo do câncer de próstata é o homem consultar seu urologista, pelo menos uma vez por ano.</strong> “Ele está fazendo a prevenção de um diagnóstico tardio para obter cura. É uma doença extremamente curável, desde que seja tratada no momento certo, na fase inicial. A gente, pegando um tumor na fase inicial, cura a maioria deles”.</p> <h2>SUS</h2> <p>Atualmente, a cirurgia robótica é a mais adotada pelos urologistas para a retirada de tumores da próstata. <strong>Almeida celebrou a decisão do Ministério da Saúde de incorporar a prostatectomia radical assistida por robô para o tratamento de pacientes com câncer de próstata clinicamente avançado no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS)</strong>. De acordo com a portaria ministerial, as áreas técnicas terão o prazo máximo de 180 dias para efetivar a oferta no SUS.</p> <p>Almeida afirmou, entretanto, que “embora todos nós tenhamos consciência de que essa tecnologia é excelente e que deva entrar no SUS para acesso dos pacientes e benefício deles, a gente entende claramente que o momento foi um pouco no atropelo para isso acontecer porque não existe robô no SUS para atender esses pacientes. Ou existem poucos”.</p> <p><strong>Segundo explicou, trata-se de uma tecnologia muito cara.</strong> “Até os hospitais poderem comprar (os equipamentos), instalar, treinar as equipes, isso demora muito. Então, hoje existe esse <em>gap</em> (lacuna) entre o que foi aprovado e o que, realmente, vai acontecer e que nós, de fato, não sabemos”.</p> <p>De acordo com o especialista, de modo geral, os <strong>hospitais não têm condições financeiras para adquirir uma plataforma robótica no momento</strong>. Ele acredita que a preparação da rede hospitalar do SUS vai demorar a se tornar realidade muito mais tempo do que os 180 dias estabelecidos pelo Ministério da Saúde para efetivação da oferta aos pacientes pelas áreas técnicas. “E nem todos vão ter acesso”, salientou.</p> <p>Indagado se os pacientes com câncer de próstata poderiam fazer esse procedimento com robô nos hospitais privados conveniados do SUS, o médico informou que <strong>isso vai depender muito da dinâmica em que esse processo será implementado.</strong></p> <blockquote><p>“Existem outras cirurgias que foram introduzidas no âmbito do SUS e até hoje não ocorreram porque essas cirurgias demandam equipamentos, demandam materiais que são descartáveis. Tudo isso ainda não foi normatizado, nem regularizado.”</p></blockquote> <p><strong>Citou como exemplo a ureteroscopia, que é uma cirurgia endoscópica que serve para tirar pedras nos rins</strong>. “É um procedimento também de alto custo. Ele entrou no âmbito do SUS mas, até hoje, a gente não faz porque não estão regularizados todos os processos para se usar materiais descartáveis e tudo o mais”. No caso do câncer de próstata no SUS, reafirmou que não há robôs suficientes no Brasil para todos os hospitais, nem equipes treinadas. “Não estava tudo pronto”.</p> <h2>Robótica</h2> <p><strong>A cirurgia de câncer de próstata por robótica é como se fosse uma cirurgia laparoscópica</strong>. O procedimento inclui portais que são colocados no abdomen ou no tórax do paciente, dependendo de onde será a cirurgia, por onde entram equipamentos chamados pinças. As pinças são acopladas aos braços robóticos que são manipulados ou coordenados pelo cirurgião, que se encontra sentado fora do acesso ao paciente, em um local chamado console. Contudo, sempre junto ao paciente tem outro cirurgião que auxilia no procedimento. <strong>A cirurgia robótica permite que o cirurgião tenha uma visão 3D ampliada e um controle mais preciso dos movimentos.</strong></p> <p>A cirurgia laparoscópica difere da cirurgia endoscópica, em que o equipamento (pinça) entra no paciente pela uretra, para raspagem da próstata, quando não há câncer no local. <strong>Almeida reafirmou que os pacientes com câncer de próstata localizado submetidos à cirurgia têm estimativa de cura, em tumores sem metástese, que chega até a 98% da doença.</strong></p> <p>The post <a href="https://gizmodo.uol.com.br/cura-de-cancer-de-prostata-pode-chegar-a-ate-98/">Cura de câncer de próstata pode chegar a até 98%</a> appeared first on <a href="https://gizmodo.uol.com.br">Giz Brasil</a>.</p>
  6. 3 anos depois, justiça ordena que empresa feche buraco gigante no Chile

    Sat, 01 Nov 2025 17:58:01 -0000

    Empresa canadense Lundin Mining terá que reparar danos ambientais na mina de cobre de Alcaparrosa onde abriu um buraco gigante em 2022

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    <p>Em setembro, um tribunal no Chile ordenou que a <a href="https://gizmodo.uol.com.br/buraco-gigante-no-chile-rende-multa-de-us-13-milhoes-a-mineradora/">Minera Ojos del Salado</a>, da canadense Lundin Mining, repare os <a href="https://gizmodo.uol.com.br/buraco-gigante-no-chile-completa-1-ano-com-graves-sequelas-ambientais/">danos ambientais</a> de sua atividade na mina de cobre Alcaparrosa. Acredita-se que ela tenha provocado um buraco gigante em 2022, que continua afetando os moradores da cidade desértica de Tierra Amarilla até hoje.</p> <ul class="sup-related-posts"> <li class="item"><a href="https://gizmodo.uol.com.br/como-e-o-buraco-gigante-do-chile-por-dentro-veja-as-imagens/">Como é o buraco gigante do Chile por dentro; veja as imagens</a></li> </ul> <p>O tribunal confirmou o fechamento da mina, conforme a ordem do órgão regulador ambiental do Chile em janeiro. O fechamento permanecerá em vigor até a conclusão das medidas de remediação e a determinação das autoridades.</p> <p>Além disso, o tribunal confirmou danos &#8220;irreversíveis&#8221; a um aquífero, que drenou água para o interior da mina e enfraqueceu as rochas ao redor.</p> <p>A decisão pede que a empresa proteja o abastecimento de água da região e reabasteça o sumidouro. Isso porque, segundo Rodrigo Saez, diretor regional de águas, o problema prejudica &#8220;uma área que já sofre com estresse hidrológico&#8221;, como é a árida região do deserto.</p> <p>No geral, as operações de mineração no Atacama costumam exigir recursos hídricos para o processamento do minério e o controle da poeira, em um dos lugares mais secos da Terra. Ademais, a variabilidade da precipitação devido às mudanças climáticas desafia a previsão do movimento da água na mineração.</p> <p>Desde a formação da cratera, as autoridades mantêm um perímetro de segurança ao seu redor para evitar acidentes e acessos sem autorização. Contudo, a demora na solução escancara os desafios na fiscalização ambiental e a necessidade de supervisão mais ágil. Com isso, o incidente gerou apelos por reformas regulatórias no Chile, inclusive por parte de ambientalistas.</p> <h3>Buraco gigante afeta qualidade de vida dos moradores no Chile</h3> <p>Os moradores do centro do Atacama temem que a cratera cilíndrica de 32 metros de largura e <a href="https://gizmodo.uol.com.br/buraco-no-chile-aumenta-de-40-para-64-metros-e-denota-risco-de-desastre/">64 metros de profundidade</a> possa engolir mais terra. Isso inclui suas casas, um centro de saúde local e uma pré-escola próximos.</p> <p>Além disso, em um terremoto recente, o sumidouro expeliu nuvens de poeira, aumentando as preocupações com a saúde respiratória entre a população. Profissionais de saúde locais notaram um aumento nas queixas respiratórias e doenças relacionadas ao estresse desde o surgimento da cratera. Por isso, alguns deles buscam indenização no sistema judiciário pelo impacto psicológico e desvalorização imobiliária.</p> <p>Agora, as medidas corretivas incluem o preenchimento completo da cratera; a implementação de medidas de proteção para o abastecimento de água; e o desenvolvimento de estratégias para prevenir incidentes semelhantes em outras operações.</p> <p>Engenheiros ambientais estimam que o preenchimento da cratera levará de 12 a 18 meses. Além disso, os danos ao aquífero podem afetar a longo prazo a disponibilidade de água para as comunidades humanas e para os sistemas ecológicos. Mesmo após a restauração, os impactos hidrológicos no aquífero devem continuar a exigir monitoramento e gestão por anos.</p> <p>Vale lembrar que incidentes do tipo já ocorreram outras operações de mineração pelo mundo, como em Bayou Corne, Louisiana (2012), na Cidade da Guatemala (2010), em Mina Uralkali, Rússia (2014) e em Solikamsk, Rússia (2018). Entretanto, a gravidade no caso chileno está na proximidade com áreas residenciais e infraestrutura comunitária, bem como o contexto ambiental, que impacta um ecossistema frágil.</p> <p>As autoridades chilenas estão revisando os protocolos de segurança em todas as operações da Lundin Mining no país para evitar situações semelhantes. Futuramente, as operações de mineração modernas poderiam implementar medidas preditivas aprimoradas com a tecnologia.</p> <p></p> <p>The post <a href="https://gizmodo.uol.com.br/3-anos-depois-justica-ordena-que-empresa-feche-buraco-gigante-no-chile/">3 anos depois, justiça ordena que empresa feche buraco gigante no Chile</a> appeared first on <a href="https://gizmodo.uol.com.br">Giz Brasil</a>.</p>
  7. Testes nucleares deixaram impactos em leitos de rios no interior de SP

    Sat, 01 Nov 2025 17:06:41 -0000

    Césio-137 no Rio Ribeira é resultado de testes nucleares nos anos 60

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    <p>Pesquisa de mestrado na área de Geografia Física, na Universidade de São Paulo (USP), buscou resquícios de radioatividade em ambientes pouco alterados pela ação humana no interior paulista. Lá encontrou indícios de testes nucleares realizados no começo dos anos 1960, investigando a presença de materiais radioativos relacionados aos testes, e concluiu que essa presença pode ser usada como um marcador seguro da ação humana em nível global.<img decoding="async" src="https://agenciabrasil.ebc.com.br/ebc.png?id=1664086&amp;o=node" /><img decoding="async" src="https://agenciabrasil.ebc.com.br/ebc.gif?id=1664086&amp;o=node" /></p> <p><strong>Esses indícios são considerados pela comunidade científica como um marcador do que hoje é chamado Antropoceno, período em que o maior fator de alteração dos ambientes é justamente a ação humana, seja ao construir, explorar ou simplesmente espalhar materiais ao redor do planeta</strong>. A radiação, como produto de reatores e armas, é uma dessas marcas, pode ser medida dezenas e mesmo centenas de anos após se espalhar e servir de referência para contar a história da Terra e do impacto de nossa espécie nela.</p> <p><strong>Entre os anos de 1953 e 1962, os Estados Unidos, a União Soviética, o Reino Unido e a França realizaram a maior parte dos cerca de 2 mil testes nucleares feitos até hoje</strong>. Em 1962, ano com maior quantidade, foram mais de 120 testes, e em 1958 foram mais de 100. As bombas, na época artefatos do tipo termonuclear (em que uma bomba atômica dispara uma bomba de fissão), chegaram a ser mais de 3 mil vezes mais poderosas que a bomba de Hiroshima, caso da Tsar Bomb, artefato que os soviéticos testaram em 1961.</p> <p>Toda explosão atômica gera ondas de choque e de calor, mas há outro impacto: elas espalham material radioativo, o chamado Fallout, ou chuva radioativa. Na explosão, o núcleo da bomba se espalha, essas partículas vão caindo aos poucos e se depositam. A maior parte dessa queda é perto dos locais de teste, com concentrações que aumentam as taxas de adoecimento das populações, mas fatores como o vento podem fazer com que elas viajem.</p> <p><strong>Os testes, na época, foram concentrados no Hemisfério Norte, em áreas como o Ártico, os desertos dos Estados Unidos e ilhas do Oceano Pacífico, e a maior parte da deposição ocorreu por lá. Parte dessa queda, porém, chegou ao Brasil, e foram medidas tanto no litoral da Região Sudeste, por grupos distintos de geofísicos durante a década passada, quanto pelo trabalho de mestrado de Breno Rodrigues, realizado entre as cidades de Eldorado e Sete Barras, no interior paulista.</strong></p> <p>Esse material não tem concentração suficiente para representar risco à saúde, mas conta uma história interessante. Com os testes de 1962, o ano com maior queda de partículas radioativas foi 1963.</p> <p>Após esse ano, a pressão da opinião pública com a divulgação das populações afetadas pelos testes e o medo crescente de uma guerra nuclear, especialmente após a Crise dos Mísseis de Cuba, em outubro de 1962, levaram a um acordo entre as três principais nações com arsenais atômicos. O Tratado de Proibição Parcial de Testes (PTBT, na sigla em inglês) foi firmado entre os Estados Unidos, o Reino Unido e a União Soviética em agosto de 1963.</p> <p><strong>Desde então, grupos de geofísicos têm investigado a presença de três marcadores principais, o Carbono 14, os radioisótopos de Plutônio e o Césio-137</strong>. Eles são pesquisados principalmente em ambientes com pouca ou nenhuma presença humana, pois isso afasta outras hipóteses de contaminação, como descarte ou contaminação por materiais radioativos ligados à geração de energia ou uso para fins industriais ou de saúde.</p> <p>É o caso de manguezais, geleiras, montanhas ou ilhas, normalmente. Para esse grupo da USP, esse “ponto de controle” está no Rio Ribeira, na região sul do estado de São Paulo, próximo ao Paraná. A região, que conta com quilombos, áreas de proteção permanentes e um conjunto impressionante de cavernas naturais, têm ocupação urbana e agrícola pouco intensa, o que exclui outras fontes de contaminação radioativa. Além disso é bem conhecida pelas equipes da Geofísica da USP, que a acompanham há mais de duas décadas.</p> <blockquote><p>“Queríamos estudar a ocorrência de marcadores do Antropoceno em um sistema natural com alto grau de preservação de intervenções humanas. Não escolhemos represas ou trechos de rio da capital por esse motivo, pois teríamos uma gama significativa de intervenções e mudanças derivadas da urbanização, além da contaminação da água por compostos orgânicos e/ou industriais que poderiam complexar os resultados. Como queríamos compreender a interação do marcador com sistema fluvial em condições mais próximas das naturais sem intervenção possível, o Ribeira foi nossa melhor escolha”, disse Rodrigues à <strong>Agência Brasil</strong>.</p></blockquote> <div class="dnd-widget-wrapper context-cheio_8colunas type-image"> <div class="dnd-atom-rendered"><img decoding="async" title="Breno Rodrigues/Divulgação" src="https://imagens.ebc.com.br/exIq4vfglrRp0gww_YfYQLTplEE=/754x0/smart/https://agenciabrasil.ebc.com.br/sites/default/files/thumbnails/image/2025/10/24/cesio2.jpeg?itok=m5hCvIIS" alt="São Paulo (SP), 24/10/2025 - Testes nucleares ocorridos há mais de 60 anos deixaram assinatura do impacto humano no leito de rios no interior paulista. Breno Rodrigues/Divulgação" /></div> <div class="dnd-caption-wrapper"> <h6 class="meta">Leito de rio no interior de São Paulo. Breno Rodrigues/Divulgação</h6> </div> </div> <p><strong>O grupo, coordenado pela professora Cleide Rodrigues, tem bom conhecimento da dinâmica de rios com bastante curvas, como o Ribeira, chamados rios meândricos</strong>. A dinâmica desses corpos d’água determina como os traços de Césio podem (ou não) ser acumulados e preservados no interior do sistema fluvial, facilitando a análise do impacto de fenômenos globais, como a chuva radioativa de 1963. Os testes franceses e chineses continuaram nos anos 1960 e 1970, mas em quantidades bem menores.</p> <blockquote><p>“No nosso caso, nos auxiliou a entender como o Rio Ribeira de Iguape, em seu conjunto dinâmico, interagiu com os produtos dessas precipitações radioativas”, explicou Rodrigues. A escolha do Césio, inclusive, se deu pois ele não tem fontes não humanas.</p></blockquote> <p>Trabalhando numa área específica do conhecimento, a geomorfologia fluvial, o grupo procurou não apenas a presença do marcador, mas sua distribuição espacial e o impacto que a dinâmica do rio tem nesse material. O Césio-137 é um dos principais resultados de uma explosão por fissão nuclear, como resultado da divisão de um átomo de urânio, material bem mais pesado. Ele tem meia-vida, ou seja, o tempo em que metade dele deixa de ser radioativo e se transforma em elementos mais estáveis, no caso o Bário, de 30 anos. Esse processo se chama decaimento.</p> <p><strong>Dessa forma, menos de um quarto do Césio-137 emitido nos testes do começo dos anos 1960 está na natureza, mas ainda pode ser detectado e é radioativo, sem riscos para a saúde humana.</strong> “A determinação da atividade do radionuclídeo (o Césio-137), isto é, a quantidade de decaimentos, ajuda também a indicar a idade e, neste caso, determinar qual a origem e cronologia específica que o radionuclídeo foi depositado na área”, explicou o pesquisador.</p> <blockquote><p>“Nós confirmamos e reforçamos a ocorrência residual de Césio-137 nos sedimentos do Rio Ribeira, compatível com o<em> fallout</em> atmosférico da Guerra Fria, porém concluímos que a distribuição do Césio entre os pontos de amostragem é descontínua em função da dinâmica fluvial e dos processos associados aos solos nas planícies. Isso nos mostrou que estes marcadores potencialmente são continuamente retrabalhados pelos processos naturais e podem assumir diferentes posições na planície fluvial, a depender da sua ocorrência”, concluiu Rodrigues.</p></blockquote> <p>A<a href="https://www.editorarealize.com.br/editora/anais/sinageo/2025/TRABALHO_COMPLETO_EV217_ID1051_TB659_26072025003326.pdf" target="_blank" rel="noopener"> pesquisa tem continuidade</a>, pois Breno é agora doutorando na Geografia. Sua dissertação deve ser disponibilizada ainda neste semestre, mas outros trabalhos seus, como a participação em congresso, ajudam a entender os detalhes técnicos do estudo.</p> <p>The post <a href="https://gizmodo.uol.com.br/testes-nucleares-deixaram-impactos-em-leitos-de-rios-no-interior-de-sp/">Testes nucleares deixaram impactos em leitos de rios no interior de SP</a> appeared first on <a href="https://gizmodo.uol.com.br">Giz Brasil</a>.</p>
  8. Japão encerra última missão ativa da humanidade em Vênus

    Sat, 01 Nov 2025 16:14:22 -0000

    A sonda Akatsuki estudava o clima de Vênus e operou por quase uma década.

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    <p>A Agência de Exploração Aeroespacial do Japão (JAXA) anunciou <a href="https://gizmodo.uol.com.br/cientistas-japoneses-detectam-anomalia-atmosferica-enorme-em-venus/">o fim da missão Akatsuki</a>, encerrando a última operação especial em Vênus.</p> <ul class="sup-related-posts"> <li class="item"><a href="https://gizmodo.uol.com.br/nova-teoria-explica-o-desaparecimento-de-agua-em-venus/">Nova teoria explica o desaparecimento de água em Vênus</a></li> </ul> <p>Em um <a href="https://cosmos.isas.jaxa.jp/our-last-presence-at-venus-has-gone-silent/">comunicado</a> da última terça-feira (28), a JAXA revelou que a sonda estava sem comunicação desde maio de 2024. O problema começou um mês depois das primeiras falhas nos sistemas de transmissão.</p> <p>O Japão lançou a missão espacial Akatsuki em 2010, com um custo de US$ 300 milhões, visando explorar o clima de Vênus, mas a sonda só <a href="https://gizmodo.uol.com.br/ouca-o-som-da-magnetosfera-de-venus/">chegou ao planeta vizinho cinco anos depois</a>.</p> <p>Uma falha no motor principal impediu a inserção orbital. Desse modo, a JAXA só conseguiu lançar a Akatsuki em 2015, quando reposicionou a sonda após cinco anos orbitando o Sol.</p> <p>Os danos no motor principal fizeram a agência espacial do Japão utilizar propulsores auxiliares para entrar na órbita de Vênus.</p> <h3>Fim da sonda espacial do Japão em Vênus</h3> <p>Apesar dos problemas que marcaram a missão, a Akatsuki viveu mais que o esperado. A sonda tinha uma vida útil estimada de 4,5 anos, mas funcionou por quase o dobro do período.</p> <p>Além disso, a missão do Japão <a href="https://gizmodo.uol.com.br/astronomos-descobrem-que-venus-foi-atingido-por-asteroide-gigante/">resultou em 178 artigos científicos</a> sobre o clima de Vênus e o ambiente espacial, com a camada de nuvens do planeta.</p> <p>A sonda contava com seis instrumentos científicos, mas, de acordo com a JAXA, dois não estavam funcionando quando a agência perdeu a comunicação com a sonda.</p> <p>A JAXA ressaltou que a Akatsuki mudou a perspectiva científica sobre Vênus, revelando uma diferença extrema com a Terra, apesar das dimensões semelhantes dos planetas.</p> <p>O fim da missão do Japão representa o fim da exploração espacial em Vênus até então.</p> <p>Apesar de a NASA preparar as missões DAVINCI e VERITAS, possíveis cortes no orçamento da agência espacial dos EUA colocam em xeque o futuro da exploração.</p> <p>Por fim, vale ressaltar que a <a href="https://gizmodo.uol.com.br/fotografo-flagra-cometa-nishimura-e-planeta-venus-na-mesma-imagem/">exploração em Vênus</a> foi a primeira missão espacial do Japão desde a sonda Nozomi. Em 1998, a nave não conseguiu pousar em Marte.</p> <p></p> <p>The post <a href="https://gizmodo.uol.com.br/japao-encerra-ultima-missao-ativa-da-humanidade-em-venus/">Japão encerra última missão ativa da humanidade em Vênus</a> appeared first on <a href="https://gizmodo.uol.com.br">Giz Brasil</a>.</p>
  9. Mortes causadas pelo calor podem dobrar e afetar principalmente idosos

    Fri, 31 Oct 2025 21:59:49 -0000

    Previsão faz parte do projeto Mudanças Climáticas e Saúde Urbana

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    <p>O calor é responsável por cerca de 1 em cada 100 mortes na América Latina atualmente, e esse número pode chegar a mais do que o dobro em 20 anos, considerando o ritmo normal de envelhecimento da população e cenários moderados de aquecimento global, entre 1º C e 3º C de aumento para o período de 2045 a 2054. A conclusão é de uma análise de cenários feita em 326 cidades da Argentina, do Brasil, Chile, da Costa Rica, de El Salvador, da Guatemala, do México, Panamá e Peru por uma rede de pesquisadores.<img decoding="async" src="https://agenciabrasil.ebc.com.br/ebc.png?id=1663077&amp;o=node" /><img decoding="async" src="https://agenciabrasil.ebc.com.br/ebc.gif?id=1663077&amp;o=node" /></p> <p><strong>Estimadas hoje em 0,87% do total, as mortes por calor podem chegar a 2,06% no pior cenário.</strong></p> <blockquote><p>“As pessoas idosas e as mais pobres são as que mais sofrem. Quem vive em áreas periféricas, em moradias precárias e sem acesso a ar-condicionado ou a espaços verdes terá mais dificuldade para enfrentar ondas de calor cada vez mais intensas. As mortes são apenas a ponta do iceberg. O calor extremo aumenta o risco de infartos, insuficiência cardíaca e outras complicações, especialmente em pessoas com doenças crônicas”, explica Nelson Gouveia, professor do Departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), um dos autores do estudo.</p></blockquote> <p>No Brasil, a participação considerou dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), do DataSUS e do Censo Demográfico, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Assim como nos demais países da América Latina analisados, as mortes causadas por eventos climáticos envolvendo temperaturas extremas devem aumentar consideravelmente, tanto para situações envolvendo calor quanto frio. Um fator decisivo é o aumento da população acima de 65 anos na década estimada (2045-2054), que aumenta a população mais afetada por essas doenças.</p> <p><strong>Os pesquisadores concluíram ainda que é possível impedir parte considerável dessas mortes desde que se inicie a construção e aplicação de políticas de adaptação climática voltadas para o aumento de populações vulneráveis a temperaturas extremas, como planos de ação para períodos de calor intenso e adaptações nas cidades para diminuir a exposição a temperaturas elevadas e mitigar seus efeitos na saúde, de forma acessível aos idosos e a pessoas com deficiências. </strong></p> <p><a href="https://www.whatsapp.com/channel/0029VaoRTgrInlqYLSk59B2M" target="_blank" rel="noopener">&gt;&gt; Siga o canal da <strong>Agência Brasil </strong>no WhatsApp</a></p> <p>Outras medidas apontadas como eficazes são a adoção de sistemas de alerta precoce, com comunicação clara e acessível à população, a expansão de áreas verdes e criação de corredores de ventilação urbana para reduzir ilhas de calor, a educação comunitária sobre os riscos de altas temperaturas e formas de proteção individual e coletiva, além da adoção de protocolos de saúde pública para atendimento prioritário a pessoas idosas e com doenças crônicas, como já implementado no Rio de Janeiro.</p> <p><strong>O estudo faz parte do projeto Mudanças Climáticas e Saúde Urbana na América Latina (Salurbal-Clima) e reúne pesquisadores de instituições de nove países latino-americanos e dos Estados Unidos.</strong> Com duração de cinco anos (2023-2028), o Salurbal busca evidências que relacionam as mudanças climáticas aos impactos na saúde da região.</p> <p>O estudo completo está disponível na revista eletrônica Environment International (<a href="https://drexel.edu/lac/salurbal/climate/" target="_blank" rel="noopener">clique aqui</a>).</p> <p>The post <a href="https://gizmodo.uol.com.br/mortes-causadas-pelo-calor-podem-dobrar-e-afetar-principalmente-idosos/">Mortes causadas pelo calor podem dobrar e afetar principalmente idosos</a> appeared first on <a href="https://gizmodo.uol.com.br">Giz Brasil</a>.</p>
  10. ONU reconhece fracasso em evitar aquecimento acima de 1,5°C

    Fri, 31 Oct 2025 21:01:08 -0000

    Secretário-geral da ONU reconhece fracasso global em conter aquecimento e alerta para consequências devastadoras para o planeta

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    <p>O secretário-geral da ONU, António Guterres, <a href="https://gizmodo.uol.com.br/artico-perdeu-um-estado-do-amazonas-inteiro-de-gelo-marinho-em-2024/">afirmou que a humanidade não conseguirá evitar</a> que o aquecimento global ultrapasse 1,5 °C nos próximos anos — meta estabelecida pelo Acordo de Paris.</p> <ul class="sup-related-posts"> <li class="item"><a href="https://gizmodo.uol.com.br/cientistas-projetam-que-mar-pode-subir-quase-2m-ate-o-fim-do-seculo/">Cientistas projetam que mar pode subir quase 2m até o fim do século</a></li> <li class="item"><a href="https://gizmodo.uol.com.br/aquecimento-acima-de-2c-causara-colapso-da-amazonia-alerta-carlos-nobre/">Aquecimento acima de 2°C causará colapso da Amazônia, alerta Carlos Nobre</a></li> </ul> <p>Em uma entrevista exclusiva à plataforma <a href="https://sumauma.com/secretario-geral-onu-antonio-guterres-vozes-indigenas-inspirar-mundo-evitar-catastrofe-climatica/">SUMAÚMA</a> em parceria com o jornal britânico <a href="https://www.theguardian.com/us-news/2025/oct/28/first-thing-humanity-has-missed-15c-climate-target-says-un-head">The Guardian</a>, Guterres afirmou que a humanidade fracassou.</p> <p>De acordo com o secretário-geral da ONU, as consequências do aquecimento global serão “devastadoras”. Além disso, Guterres afirmou que os líderes globais precisam aprender com os povos indígenas a ter uma relação harmoniosa com a natureza caso queiram evitar uma catástrofe climática.</p> <p>Dados mais recentes da ONU revelam que somente 62 dos 197 países que <a href="https://gizmodo.uol.com.br/meta-do-acordo-de-paris-e-insuficiente-para-conter-mudancas-climaticas/">assinaram o Acordo de Paris</a> apresentaram planos para conter o aquecimento global.</p> <p>No entanto, as medidas foram ineficazes, pois houve somente 10% de redução das emissões globais. A ONU alerta que para atingir a meta de redução do aquecimento global é preciso que esse número seja 60% até 2030.</p> <p>Portanto, Guterres afirmou ser impossível que a humanidade mantenha a taxa de 1,5 °C de aquecimento. Aliás, para o secretário-geral da ONU, a humanidade fracassou porque será inevitável não <a href="https://gizmodo.uol.com.br/2024-quebra-recorde-de-2023-como-o-mais-quente-dos-ultimos-100-anos/">ultrapassar a meta do Acordo de Paris.</a></p> <h3>COP30 não será sobre evitar o aquecimento, mas para &#8220;frear o fracasso&#8221;, diz ONU</h3> <p>Às vésperas da COP30, que será em Belém, a prioridade da Conferência para Mudanças Climáticas da ONU é reduzir a duração e a intensidade da ultrapassagem para evitar que a <a href="https://gizmodo.uol.com.br/clima-descontrolado-batido-recorde-de-dia-mais-quente-da-historia/">humanidade chegue a um ponto de não retorno.</a></p> <p>O secretário-geral citou como exemplo o <a href="https://gizmodo.uol.com.br/incendios-na-amazonia-em-2024-ja-sao-os-piores-dos-ultimos-20-anos/">colapso da Amazônia como um ponto de não retorno</a>. “Não queremos ver a Amazônia como uma savana. Mas esse é um risco real”, alertou.</p> <p>A savanização da Amazônia, <a href="https://gizmodo.uol.com.br/groenlandia-esta-encolhendo/">ou o derretimento de gelo da Groenlândia</a>, são consequências possíveis caso a humanidade não consiga atingir a meta de 1,5 °C.</p> <p>Portanto, o secretário-geral da ONU afirmou que a perfuração na Foz do Rio Amazonas, que o governo do Brasil iniciou no último dia 20, é uma preocupação.</p> <p>Novos projetos de exploração de combustíveis fósseis, sobretudo em áreas importantes para travar o aquecimento global, <a href="https://gizmodo.uol.com.br/mapa-mostra-paises-que-mais-enfrentam-incendios-florestais/">podem acelerar o &#8220;fracasso&#8221; da humanidade</a>.</p> <p>Por isso, Guterres afirmou que pretende discutir o assunto com o presidente Lula, mas, conforme informações do Guardian, a participação de delegações de indígenas será limitada.</p> <p><iframe loading="lazy" class="youtube-player" type="text/html" title="UN chief António Guterres: &#039;We don&#039;t want to see the Amazon become a savannah&#039;" width="500" height="281" src="https://www.youtube.com/embed/pOTydjE35g4?feature=oembed" frameborder="0" allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture; web-share" referrerpolicy="strict-origin-when-cross-origin" allowfullscreen></iframe></p> <p></p> <p>The post <a href="https://gizmodo.uol.com.br/onu-reconhece-fracasso-em-evitar-aquecimento-acima-de-15c/">ONU reconhece fracasso em evitar aquecimento acima de 1,5°C</a> appeared first on <a href="https://gizmodo.uol.com.br">Giz Brasil</a>.</p>
  11. Mais ricos emitem, em média, 400 vezes mais CO₂ que mais pobres

    Fri, 31 Oct 2025 19:05:09 -0000

    Participação dos ricos nas emissões aumentou 32% em 24 anos

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    <p>O 0,1% mais rico da população mundial emite em apenas um dia mais gases do efeito estufa que metade das pessoas mais pobres. <strong>Apenas um indivíduo entre os mais ricos emite, em média, 800 quilos de gás carbônico equivalente (CO₂e) por dia, 400 vezes mais que alguém do grupo de menor poder aquisitivo, que tem uma média de dois quilos de CO₂/dia.</strong><img decoding="async" src="https://agenciabrasil.ebc.com.br/ebc.png?id=1665076&amp;o=node" /><img decoding="async" src="https://agenciabrasil.ebc.com.br/ebc.gif?id=1665076&amp;o=node" /></p> <p>Os dados integram o relatório <em>Saque Climático: como poucos poderosos estão levando o planeta ao colapso</em>, lançado nesta quarta-feira (29), pela organização global da sociedade civil, Oxfam.</p> <p>O relatório analisa o quanto o planeta ainda é capaz de emitir gases do efeito estufa para manter a meta do Acordo de Paris de conter o aquecimento global em 1,5 graus Celsius (°C) em comparação com o período pré-industrial.</p> <p>Como base de dados, os pesquisadores partiram dos cálculos do Painel Intergovernamental sobre as Alterações Climáticas (IPCC), que estimava, em 1990, uma margem de 1.149 Gigatoneladas (Gt) de CO₂e para garantir 50% de chance de sucesso na contenção do aquecimento global.</p> <p><a href="https://www.whatsapp.com/channel/0029VaoRTgrInlqYLSk59B2M" target="_blank" rel="noopener">&gt;&gt; Siga o canal da <strong>Agência Brasil </strong>no WhatsApp</a></p> <p>No entanto, <strong>o relatório alerta que, desde 1990, o 0,1% mais rico da população mundial aumentou em 32% sua participação nas emissões globais de CO₂</strong>, enquanto a metade mais pobre viu sua parcela cair 3%.</p> <blockquote><p>“Nos últimos 24 anos, as emissões continuaram a aumentar, e 89% desse orçamento de carbono restante já foi consumido”, informa o relatório.</p></blockquote> <p>Segundo a diretora-executiva da Oxfam Brasil, Viviana Santiago, os dados revelados pelo estudo reforçam a ideia de <strong>que quem mais causa os efeitos das mudanças climáticas deve fazer frente ao problema</strong>.</p> <p>“Quando a gente fala que o princípio das responsabilidades comuns, porém diferenciadas é o que deve iluminar a atuação dos países na crise climática, isso também tem a ver com o nosso modo de vida enquanto conjunto da sociedade”, reforça.</p> <p>A responsabilidade dos mais ricos sobre os impactos no clima global fica mais clara com um outro dado trazido pelos pesquisadores. Segundo eles, <strong>se toda a população mundial tivesse o mesmo comportamento de emissão de gases do efeito estufa que os mais ricos do mundo, o limite de emissões para evitar um colapso climático seria esgotado em menos de três semanas</strong>.</p> <p>“Essas pessoas têm um próprio estilo de vida, e também a maneira como elas geram suas riquezas e consomem está completamente relacionada com a emissão de carbono. E é uma emissão completamente desproporcional, em relação ao resto do planeta”, explica Viviana.</p> <p>Diante desses dados, os pesquisadores calcularam ainda qual seria a redução necessária nas emissões da população 0,1% mais rica para manter o aquecimento global abaixo de 1,5°C. De acordo com o relatório, <strong>os mais ricos precisam reduzir em 99% as emissões individuais até 2030</strong>.</p> <h2>Investimentos</h2> <p>Com o maior poder de consumo no mundo, essa pequena parcela da população global também emite gases do efeito estufa por meio de seus investimentos financeiros, já que 60% das aplicações são feitas em atividades econômicas de grande emissão, como petróleo, gás e mineração.</p> <p>De acordo com o estudo, <strong>o bilionário médio produz 1,9 milhão de toneladas de CO₂e por ano, apenas por meio dos investimentos</strong>.</p> <h2>Influência</h2> <p>Além de manter o padrão de consumo capaz de impactar mais o clima do planeta, os investimentos dos mais ricos do mundo também financiam uma maior influência em ambientes decisivos como a própria Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP).</p> <p>O relatório da Oxfam cita o exemplo da COP29, ocorrida em 2024, na cidade de Baku, no Azerbaijão. Na conferência, foram concedidas 1.773 pessoas ligadas aos setores de carvão, petróleo e gás ─ uma delegação capaz de superar a média participativa de todos os representantes dos 10 países mais vulneráveis ao clima.</p> <p>“A gente percebe como esse poder e essa riqueza, de potenciais poluidores e que constroem a crise climática, também estão nesses espaços onde o mundo tenta construir acordos para pausar o aquecimento global”, reforça a diretora-executiva da Instituição.</p> <p>Diante dos dados apresentados, o relatório traz ainda recomendações para a diminuição dos impactos climáticos causados pelas grandes riquezas. Entre as medidas estão a taxação e limitação da atuação de super-ricos em ambientes incidência política sobre decisões globais, melhor distribuição do orçamento climático e fortalecimento da participação da sociedade civil e de grupos tradicionais.</p> <p>“A crise climática é uma crise de desigualdade. Os indivíduos mais ricos do planeta financiam e lucram com a destruição do clima, enquanto a maioria da população mundial paga o preço das consequências fatais do seu poder sem controle”, conclui Amitabh Behar, diretor-executivo da Oxfam Internacional.</p> <p>The post <a href="https://gizmodo.uol.com.br/mais-ricos-emitem-em-media-400-vezes-mais-co%e2%82%82-que-mais-pobres/">Mais ricos emitem, em média, 400 vezes mais CO₂ que mais pobres</a> appeared first on <a href="https://gizmodo.uol.com.br">Giz Brasil</a>.</p>