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  1. Astrônoma explica como a vida pode perseverar em planetas na órbita de anãs brancas, restos de estrelas do tamanho da Terra

    Fri, 12 Sep 2025 20:59:15 -0000

    Estrelas anãs brancas, como esta envolta por uma nebulosa planetária, são os remanescentes muito menores de estrelas como o nosso Sol, mas ainda assim podem aquecer planetas que sobrevivam na sua órbita.

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    <div class="theconversation-article-body"> <p><a href="https://theconversation.com/profiles/juliette-becker-2445856">Juliette Becker</a>, <em><a href="https://theconversation.com/institutions/university-of-wisconsin-madison-939">University of Wisconsin-Madison</a></em></p> <p>Um dia o Sol morrerá. Isso vai acontecer quando nossa estrela esgotar o estoque de hidrogênio em seu núcleo e não puder mais produzir energia <a href="https://www.energy.gov/science/doe-explainsfusion-reactions">por meio da fusão nuclear</a> como faz agora. A morte do Sol é frequentemente vista como o fim do Sistema Solar. Mas, na realidade, pode ser apenas o início de uma nova etapa na vida de todos os objetos que vivem no Sistema Solar.</p> <p>Quando estrelas como o Sol morrem, elas passam por uma fase de rápida expansão em que se tornam uma chamada <a href="https://www.space.com/22471-red-giant-stars.html">gigante vermelha</a>. O nome é bem explicativo: o diâmetro da estrela fica muito maior, e sua cor fica mais vermelha. E quando a gravidade na superfície de uma gigante vermelha não é mais forte o suficiente para reter suas camadas externas, uma grande parte — até cerca de metade — de sua massa escapa para o espaço, deixando para trás um remanescente chamado <a href="https://esahubble.org/wordbank/white-dwarf/">anã branca</a>, basicamente o núcleo ainda incandescente da estrela original.</p> <p>Sou <a href="https://scholar.google.com/citations?user=n6Bo5CUAAAAJ&amp;hl=en">professor de Astronomia</a> na Universidade de Wisconsin-Madison, EUA. Em 2020, meus colegas e eu <a href="https://www.nasa.gov/news-release/nasa-missions-spy-first-possible-survivor-planet-hugging-white-dwarf-star/">descobrimos o primeiro planeta intacto</a> orbitando uma anã branca. Desde então, fiquei fascinado pela perspectiva de vida em planetas ao redor dessas anãs brancas minúsculas e densas.</p> <p>Uma das maneiras que cientistas procuram sinais de vida no Universo é esperando que um planeta passe entre uma estrela e a linha de visão de seus telescópios. Com a luz da estrela iluminando o planeta por trás, eles podem usar alguns princípios simples da física <a href="https://science.nasa.gov/mission/roman-space-telescope/transit-method/">para determinar</a> os tipos de moléculas presentes na atmosfera do planeta.</p> <p><a href="https://doi.org/10.3847/2041-8213/aba9d3">Em 2020, pesquisadores perceberam</a> que poderiam usar essa mesma técnica para planetas orbitando anãs brancas. Se tal planeta tivesse moléculas geradas por organismos vivos em sua atmosfera, o Telescópio Espacial James Webb provavelmente seria capaz de detectá-las quando o planeta passasse na frente de sua estrela.</p> <p>Em junho de 2025, <a href="https://news.wisc.edu/watery-planets-orbiting-dead-stars-may-be-good-candidates-for-studying-life-if-they-can-survive-long-enough/">publiquei um artigo</a> respondendo a uma pergunta que começou a me incomodar em 2021: um oceano — provavelmente necessário para sustentar a vida — poderia sobreviver em um planeta orbitando perto de uma destas estrelas “mortas”?</p> <figure class="align-center zoomable"><a href="https://images.theconversation.com/files/687812/original/file-20250827-56-krpnl6.jpg?ixlib=rb-4.1.0&amp;q=45&amp;auto=format&amp;w=1000&amp;fit=clip"><img decoding="async" src="https://images.theconversation.com/files/687812/original/file-20250827-56-krpnl6.jpg?ixlib=rb-4.1.0&amp;q=45&amp;auto=format&amp;w=754&amp;fit=clip" sizes="(min-width: 1466px) 754px, (max-width: 599px) 100vw, (min-width: 600px) 600px, 237px" srcset="https://images.theconversation.com/files/687812/original/file-20250827-56-krpnl6.jpg?ixlib=rb-4.1.0&amp;q=45&amp;auto=format&amp;w=600&amp;h=338&amp;fit=crop&amp;dpr=1 600w, https://images.theconversation.com/files/687812/original/file-20250827-56-krpnl6.jpg?ixlib=rb-4.1.0&amp;q=30&amp;auto=format&amp;w=600&amp;h=338&amp;fit=crop&amp;dpr=2 1200w, https://images.theconversation.com/files/687812/original/file-20250827-56-krpnl6.jpg?ixlib=rb-4.1.0&amp;q=15&amp;auto=format&amp;w=600&amp;h=338&amp;fit=crop&amp;dpr=3 1800w, https://images.theconversation.com/files/687812/original/file-20250827-56-krpnl6.jpg?ixlib=rb-4.1.0&amp;q=45&amp;auto=format&amp;w=754&amp;h=424&amp;fit=crop&amp;dpr=1 754w, https://images.theconversation.com/files/687812/original/file-20250827-56-krpnl6.jpg?ixlib=rb-4.1.0&amp;q=30&amp;auto=format&amp;w=754&amp;h=424&amp;fit=crop&amp;dpr=2 1508w, https://images.theconversation.com/files/687812/original/file-20250827-56-krpnl6.jpg?ixlib=rb-4.1.0&amp;q=15&amp;auto=format&amp;w=754&amp;h=424&amp;fit=crop&amp;dpr=3 2262w" alt="Ilustração mostrando um grande círculo brilhante, com um ponto branco muito pequeno próximo a ele." /></a><figcaption><span class="caption">Apesar de seu tamanho relativamente pequeno, uma anã branca – mostrada aqui como um ponto brilhante à direita do nosso Sol – é bastante densa.</span><br /> <span class="attribution"><a class="source" href="https://www.flickr.com/photos/kevinmgill/14482884687">Kevin Gill/Flickr</a>, <a class="license" href="http://creativecommons.org/licenses/by/4.0/">CC BY</a></span></figcaption></figure> <h2>Um Universo repleto de anãs brancas</h2> <p>Uma anã branca tem cerca de metade da massa do Sol, mas essa massa está comprimida num volume aproximadamente do tamanho da Terra, com os seus elétrons pressionados tão próximos quanto as leis da física permitem. O Sol <a href="https://www.britannica.com/topic/How-Big-Is-the-Sun">tem um raio 109 vezes</a> maior que o da Terra – essa diferença de tamanho significa que um planeta semelhante à Terra orbitando uma anã branca poderia ter aproximadamente o mesmo tamanho da própria estrela.</p> <p>As anãs brancas são extremamente comuns: estima-se que existam <a href="https://iopscience.iop.org/article/10.1088/1742-6596/172/1/012004">10 bilhões delas</a> só em nossa galáxia, a Via Láctea. E como todas as estrelas de massas menores como o Sol estão destinadas a se tornar anãs brancas, inúmeras outras ainda estão por se formar. Se for comprovado que a vida pode existir em planetas que orbitam anãs brancas, esses remanescentes estelares podem se tornar alvos promissores e abundantes na busca por vida além da Terra.</p> <p>Mas será que a vida pode existir em um planeta que orbita uma anã branca? Os astrônomos <a href="https://doi.org/10.1088/2041-8205/731/2/L31">sabem desde 2011</a> que a <a href="https://science.nasa.gov/exoplanets/habitable-zone/">zona habitável</a> de uma anã branca está extremamente próxima da estrela. Essa zona é o local em um sistema planetário onde a água líquida poderia existir na superfície de um planeta. Ele não pode estar tão perto da estrela a ponto de a água ferver, nem tão longe a ponto dela congelar.</p> <figure class="align-center zoomable"><a href="https://images.theconversation.com/files/687810/original/file-20250827-56-4m0x6t.jpeg?ixlib=rb-4.1.0&amp;q=45&amp;auto=format&amp;w=1000&amp;fit=clip"><img decoding="async" src="https://images.theconversation.com/files/687810/original/file-20250827-56-4m0x6t.jpeg?ixlib=rb-4.1.0&amp;q=45&amp;auto=format&amp;w=754&amp;fit=clip" sizes="(min-width: 1466px) 754px, (max-width: 599px) 100vw, (min-width: 600px) 600px, 237px" srcset="https://images.theconversation.com/files/687810/original/file-20250827-56-4m0x6t.jpeg?ixlib=rb-4.1.0&amp;q=45&amp;auto=format&amp;w=600&amp;h=450&amp;fit=crop&amp;dpr=1 600w, https://images.theconversation.com/files/687810/original/file-20250827-56-4m0x6t.jpeg?ixlib=rb-4.1.0&amp;q=30&amp;auto=format&amp;w=600&amp;h=450&amp;fit=crop&amp;dpr=2 1200w, https://images.theconversation.com/files/687810/original/file-20250827-56-4m0x6t.jpeg?ixlib=rb-4.1.0&amp;q=15&amp;auto=format&amp;w=600&amp;h=450&amp;fit=crop&amp;dpr=3 1800w, https://images.theconversation.com/files/687810/original/file-20250827-56-4m0x6t.jpeg?ixlib=rb-4.1.0&amp;q=45&amp;auto=format&amp;w=754&amp;h=566&amp;fit=crop&amp;dpr=1 754w, https://images.theconversation.com/files/687810/original/file-20250827-56-4m0x6t.jpeg?ixlib=rb-4.1.0&amp;q=30&amp;auto=format&amp;w=754&amp;h=566&amp;fit=crop&amp;dpr=2 1508w, https://images.theconversation.com/files/687810/original/file-20250827-56-4m0x6t.jpeg?ixlib=rb-4.1.0&amp;q=15&amp;auto=format&amp;w=754&amp;h=566&amp;fit=crop&amp;dpr=3 2262w" alt="Um diagrama mostrando um sol, com três planetas a distâncias variadas. O mais próximo é rotulado como " /></a><figcaption><span class="caption">Os planetas na zona habitável de uma estrela não estão tão próximos dela de modo que a água da sua superfície ferva, mas também não tão distantes para que ela congele.</span><br /> <span class="attribution"><a class="source" href="https://science.nasa.gov/exoplanets/habitable-zone/">NASA</a></span></figcaption></figure> <p>A zona habitável em torno de uma anã branca seria <a href="https://doi.org/10.1088/2041-8205/731/2/L31">10 a 100 vezes mais próxima</a> da estrela do que nossa própria zona habitável está do Sol, já que as anãs brancas são muito mais fracas.</p> <h2>O desafio do aquecimento das marés</h2> <p>Estar tão perto da superfície da anã branca traria novos desafios para a vida que planetas mais distantes, como a Terra, não enfrentam. Um deles é o aquecimento das marés.</p> <p>As <a href="https://www.esi.utexas.edu/files/078-Learning-Module-What-is-Tidal-Heating.pdf">forças de maré</a> — as diferenças nas forças gravitacionais que os objetos no espaço exercem sobre diferentes partes de um segundo objeto próximo — deformam um planeta, e o atrito faz com que o material deformado aqueça. Um exemplo disso pode ser visto na <a href="https://science.nasa.gov/jupiter/jupiter-moons/io/">lua Io de Júpiter</a>.</p> <p>As forças gravitacionais exercidas pelas outras luas de Júpiter puxam a órbita de Io, deformando seu interior e aquecendo-o, resultando em centenas de vulcões em erupção constante em toda a sua superfície. Como resultado, não pode existir água na superfície de Io, porque sua superfície é muito quente.</p> <figure class="align-center zoomable"><a href="https://images.theconversation.com/files/687809/original/file-20250827-56-j5xamm.png?ixlib=rb-4.1.0&amp;q=45&amp;auto=format&amp;w=1000&amp;fit=clip"><img decoding="async" src="https://images.theconversation.com/files/687809/original/file-20250827-56-j5xamm.png?ixlib=rb-4.1.0&amp;q=45&amp;auto=format&amp;w=754&amp;fit=clip" sizes="(min-width: 1466px) 754px, (max-width: 599px) 100vw, (min-width: 600px) 600px, 237px" srcset="https://images.theconversation.com/files/687809/original/file-20250827-56-j5xamm.png?ixlib=rb-4.1.0&amp;q=45&amp;auto=format&amp;w=600&amp;h=587&amp;fit=crop&amp;dpr=1 600w, https://images.theconversation.com/files/687809/original/file-20250827-56-j5xamm.png?ixlib=rb-4.1.0&amp;q=30&amp;auto=format&amp;w=600&amp;h=587&amp;fit=crop&amp;dpr=2 1200w, https://images.theconversation.com/files/687809/original/file-20250827-56-j5xamm.png?ixlib=rb-4.1.0&amp;q=15&amp;auto=format&amp;w=600&amp;h=587&amp;fit=crop&amp;dpr=3 1800w, https://images.theconversation.com/files/687809/original/file-20250827-56-j5xamm.png?ixlib=rb-4.1.0&amp;q=45&amp;auto=format&amp;w=754&amp;h=738&amp;fit=crop&amp;dpr=1 754w, https://images.theconversation.com/files/687809/original/file-20250827-56-j5xamm.png?ixlib=rb-4.1.0&amp;q=30&amp;auto=format&amp;w=754&amp;h=738&amp;fit=crop&amp;dpr=2 1508w, https://images.theconversation.com/files/687809/original/file-20250827-56-j5xamm.png?ixlib=rb-4.1.0&amp;q=15&amp;auto=format&amp;w=754&amp;h=738&amp;fit=crop&amp;dpr=3 2262w" alt="Um diagrama mostrando Júpiter, com quatro luas orbitando ao seu redor. Io é a lua mais próxima de Júpiter e tem quatro setas apontando para o planeta e outras luas, representando as forças exercidas sobre ela." /></a><figcaption><span class="caption">Das quatro luas principais de Júpiter, Io é a mais interna. A gravidade de Júpiter e das outras três luas puxa Io em direções variadas, o que a aquece.</span><br /> <span class="attribution"><a class="source" href="https://en.wikipedia.org/wiki/Tidal_heating_of_Io#/media/File:Tidal_heating_on_Io.png">Lsuanli/Wikimedia Commons</a>, <a class="license" href="http://creativecommons.org/licenses/by-sa/4.0/">CC BY-SA</a></span></figcaption></figure> <p>Em contraste, a lua adjacente Europa também está sujeita ao aquecimento das marés, mas em menor grau, uma vez que está mais distante de Júpiter. O calor gerado pelas forças das marés fez com que a camada de gelo de Europa derretesse parcialmente, resultando em um <a href="https://theconversation.com/jupiters-moons-hide-giant-subsurface-oceans-europa-clipper-is-one-of-2-missions-on-their-way-to-see-if-these-moons-could-support-life%20-203207">oceano sob sua superfície</a>.</p> <p>Os planetas na zona habitável de uma anã branca teriam órbitas próximas o suficiente da estrela para sofrer o aquecimento das marés, semelhante ao aquecimento de Io e Europa devido à sua proximidade com Júpiter.</p> <p>Essa proximidade em si pode representar um desafio para a habitabilidade. Se um sistema tiver mais de um planeta, as forças das marés dos planetas próximos podem fazer com que a atmosfera do planeta retenha calor até que fique cada vez mais quente, <a href="https://doi.org/10.1089/ast.2012.0867">tornando o planeta quente demais</a> para ter água líquida.</p> <h2>Sobrevivendo à fase gigante vermelha</h2> <p>Mesmo que haja apenas um planeta no sistema, ele pode não reter sua água.</p> <p>No processo de se tornar uma anã branca, uma estrela se expandirá de 10 a 100 vezes seu raio original durante a fase de gigante vermelha. Nesse tempo, qualquer coisa dentro desse raio expandido será engolida e destruída. Em nosso próprio Sistema Solar, Mercúrio, Vênus e Terra serão destruídos quando o Sol eventualmente se tornar uma gigante vermelha antes de <a href="https://doi.org/10.3847/1538-3881/abb8de">se transformar em uma anã branca</a>.</p> <p>Para um planeta sobreviver a esse processo, ele teria que originalmente estar muito mais longe da estrela — talvez à distância de Júpiter, ou mesmo além.</p> <p>Se um planeta começasse tão longe, ele precisaria migrar para dentro após a formação da anã branca para se tornar habitável. <a href="https://doi.org/10.1093/mnras/stt1973">Simulações em computador mostram</a> que <a href="https://doi.org/%2010.1093/mnras/stu2475">esse tipo de migração é possível</a>, mas o processo poderia causar <a href="https://doi.org/10.3847/2041-8213/acbe44">aquecimento extremo por marés</a> que poderia evaporar a água da superfície — semelhante à forma como o aquecimento por marés causa o vulcanismo de Io. Se a migração gerar calor suficiente, o planeta poderá perder toda a sua água superficial quando finalmente atingir uma órbita habitável.</p> <p>No entanto, <a href="https://doi.org/10.3847/1538-4357/ada149">se a migração ocorrer tarde o suficiente</a> na vida da anã branca — depois que ela esfriar e não for mais uma anã branca quente, brilhante e recém-formada —, a água da superfície pode não evaporar.</p> <p>Sob as condições certas, planetas que orbitam anãs brancas poderiam manter água líquida e, potencialmente, sustentar vida.</p> <h2>Busca por vida na órbita de anãs brancas</h2> <p>Os astrônomos ainda não encontraram nenhum exoplaneta habitável semelhante à Terra em torno de anãs brancas. Mas esses planetas são difíceis de detectar.</p> <p>Os métodos tradicionais de detecção, como a técnica de trânsito, são menos eficazes porque as anãs brancas são muito menores do que as estrelas típicas que abrigam planetas. Na técnica de trânsito, os astrônomos observam as quedas no brilho que ocorrem quando um planeta passa na frente de sua estrela-mãe a partir de nossa linha de visão. Como as anãs brancas são muito pequenas, seria preciso ter muita sorte para ver um planeta passando na frente de uma delas.</p> <figure><iframe src="https://www.youtube.com/embed/bv2BV82J0Jk?wmode=transparent&amp;start=8" width="440" height="260" frameborder="0" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe></figure> <p><span class="caption">A técnica de trânsito para detectar exoplanetas requer observar a queda no brilho quando um planeta passa na frente de sua estrela hospedeira.</span>Mas alguns <a href="https://doi.org/10.1093/mnras/stac2823">pesquisadores estão explorando</a> <a href="https://doi.org/10.3847/2041%20-8213/ad9821">novas estratégias</a> para detectar e caracterizar esses mundos usando telescópios avançados, como o <a href="https://theconversation.com/how-the-james-webb-space-telescope-has-revealed-a-surprisingly-bright-complex-and-element-filled-early-universe-podcast-196649">telescópio espacial James Webb</a>.</p> <p>Se forem encontrados planetas habitáveis em torno de anãs brancas, isso ampliará significativamente a gama de ambientes onde a vida pode persistir, demonstrando que sistemas planetários podem permanecer viáveis para a vida mesmo muito tempo após a morte de sua estrela hospedeira.<!-- Abaixo está a tag de contagem de página do The Conversation. Por favor, NÃO REMOVA. --><img decoding="async" style="border: none !important; box-shadow: none !important; margin: 0 !important; max-height: 1px !important; max-width: 1px !important; min-height: 1px !important; min-width: 1px !important; opacity: 0 !important; outline: none !important; padding: 0 !important;" src="https://counter.theconversation.com/content/264180/count.gif?distributor=republish-lightbox-basic" alt="The Conversation" width="1" height="1" /><!-- Fim do código. Se você não vir nenhum código acima, obtenha um novo código na aba Avançado, depois de clicar no botão Republicar. O contador de páginas não retém quaisquer dados pessoais. Mais informações: https://theconversation.com/republishing-guidelines --></p> <p><a href="https://theconversation.com/profiles/juliette-becker-2445856">Juliette Becker</a>, Assistant Professor of Astronomy, <em><a href="https://theconversation.com/institutions/university-of-wisconsin-madison-939">University of Wisconsin-Madison</a></em></p> <p>This article is republished from <a href="https://theconversation.com">The Conversation</a> under a Creative Commons license. Read the <a href="https://theconversation.com/astronoma-explica-como-a-vida-pode-perseverar-em-planetas-na-orbita-de-anas-brancas-restos-de-estrelas-do-tamanho-da-terra-264180">original article</a>.</p> </div> <p>The post <a href="https://gizmodo.uol.com.br/astronoma-explica-como-a-vida-pode-perseverar-em-planetas-na-orbita-de-anas-brancas-restos-de-estrelas-do-tamanho-da-terra/">Astrônoma explica como a vida pode perseverar em planetas na órbita de anãs brancas, restos de estrelas do tamanho da Terra</a> appeared first on <a href="https://gizmodo.uol.com.br">Giz Brasil</a>.</p>
  2. A guerra do Ozempic: Dinamarca, Canadá, EUA, China e Brasil disputam o medicamento mais lucrativo do planeta

    Fri, 12 Sep 2025 18:05:20 -0000

    A perda de uma patente — ou sua expiração — costuma ser antecedida por uma movimentação intensa nos bastidores da indústria farmacêutica.

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    <p class="theconversation-article-title"><a style="font-size: 16px;" href="https://theconversation.com/profiles/carlos-roberto-oliveira-2408675">Carlos Roberto Oliveira</a><span style="font-size: 16px;">, </span><em style="font-size: 16px;"><a href="https://theconversation.com/institutions/universidade-federal-do-estado-do-rio-de-janeiro-unirio-3247">Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO)</a></em></p> <div class="theconversation-article-body"> <p>A perda de uma patente — ou sua expiração — costuma ser antecedida por uma movimentação intensa nos bastidores da indústria farmacêutica. Esta se torna especialmente atraente para os <em>players</em> quando está em jogo o medicamento mais lucrativo do mundo e a <a href="https://www.reuters.com/business/healthcare-pharmaceuticals/novo-nordisk-regains-crown-europes-most-valuable-company-2025-06-13/">empresa mais valiosa do setor no momento</a>: a dinamarquesa Novo Nordisk. O foco, nesse caso, é o Ozempic (semaglutida), medicamento que se tornou símbolo global da revolução farmacológica no tratamento do diabetes tipo 2 e da obesidade — e centro de disputas de mercado bilionárias.</p> <p>Em julho de 2025, uma notícia surpreendeu o setor: a Novo Nordisk havia perdido a patente do Ozempic no Canadá. O motivo seria a falta de pagamento de uma taxa de manutenção de apenas <a href="https://www.science.org/content/blog-post/novo-nordisk-s-canadian-mistake">US$ 450</a> em 2019, valor que garantiria dois anos adicionais de exclusividade. A empresa nunca conseguiu apresentar uma <a href="https://www.labiotech.eu/in-depth/novo-nordisk-semaglutide-patent-expiration-canada">explicação clara</a>, abrindo espaço para especulações: erro administrativo, cálculo estratégico ou decisão consciente de abandonar a patente?</p> <p>O episódio ganhou repercussão global graças a <a href="https://convention.bio.org/speaker/derek-lowe">Derek Lowe</a>, diretor de Biologia Química e Terapêuticas do laboratório Novartis e um dos comentaristas mais influentes da indústria farmacêutica mundial. Desde 2002, Lowe mantém o blog <em>In the Pipeline</em>, hospedado atualmente na revista <em>Science</em>, referência para executivos, cientistas e investidores. Em 2010, o blog já recebia entre 15 e 20 mil acessos diários e suas análises, tão logo publicadas, sempre refletiram imediatamente no mercado, moldando percepções sobre empresas e estratégias do setor. Não por acaso, quando chamou o caso de “<a href="https://www.science.org/content/blog-post/novo-nordisk-s-canadian-mistake">Erro Canadense</a>”, a expressão rapidamente se tornou consagrada.</p> <p>Foi também durante uma entrevista a Lowe que outro executivo importante da <em>Big Pharma</em>, Richard Saynor, CEO da Sandoz, comentou que a Novo Nordisk jamais havia pedido a patente da semaglutida no Canadá — informação que se provaria incorreta.</p> <p>Ao confrontar a fala de seu entrevistado, Lowe apresentou documentos comprovando o pedido de patente no Canadá, assim como a justificativa para seu indeferimento: a falta de pagamento de irrisórias taxas anuais desde 2018. Sem um posicionamento expresso acerca do “erro”, o duvidoso desinteresse do laboratório permanece sem explicação, sugerindo uma falta de transparência tanto na condução do caso pela Novo Nordisk quanto nas declarações públicas que o cercaram.</p> <h2>Imbróglio global</h2> <p>Nesse jogo, gigantes como Novo Nordisk, Novartis e Sandoz não são peças estranhas umas às outras. Ao contrário, movimentam-se no mesmo tabuleiro, especialmente nos tribunais, onde estiveram juntas &#8211; porém, em lados opostos &#8211; por alguns anos, envolvidas em <a href="https://news.bloomberglaw.com/ip-law/novo-nordisk-novartis-settle-on-eve-of-victoza-patent-trial">disputas judiciais</a>. No imbróglio canadense, viram-se novamente reunidas, em um cenário em que um diretor da Novartis aponta o suposto erro da Novo Nordisk, que, ao perder a patente, abre espaço para a produção de genéricos, no caso, pelo laboratório <a href="https://en.wikipedia.org/wiki/Sandoz">Sandoz</a>, que, surpreendentemente ou não, até 2023, era uma divisão do laboratório Novartis.</p> <p>Se o caso ficará restrito a um quiproquó jurídico, é cedo par dizer, pois, embora a patente americana do Ozempic só expire em <a href="https://www.biospace.com/policy/novos-ozempic-seen-as-shoo-in-for-next-round-of-medicare-price-negotiations">2032</a>, as duras críticas do governo americano continuam a ter forte impacto no mercado. Questionado pelos altos preços praticados nos Estados Unidos, o laboratório teve seu antigo CEO intimado a <a href="https://oglobo.globo.com/economia/negocios/noticia/2025/08/18/apos-pressao-de-trump-farmaceutica-reduz-preco-do-ozempic-a-metade-nos-eua.ghtml">depor</a> em uma comissão do Congresso. Tal instabilidade pode vir a a favorecer o mercado canadense de genéricos de semaglutida, que, com preços até 70% mais baratos, pode ser <a href="https://www.ft.com/content/e1da2702-e904-4c52-b7de-9525f0639f18">inundado</a> por compradores americanos.</p> <p>Por fim, outro grande beneficiário é a China &#8211; onde a patente expira em <a href="https://journals.library.columbia.edu/index.php/stlr/blog/view/653">2026</a> &#8211; que consegue produzir semaglutida em pó a <a href="https://www.reuters.com/business/healthcare-pharmaceuticals/chinese-companies-turn-generics-shipments-behind-us-weight-loss-craze-fade-2025-09-02/">7 centavos de dólar</a> e está em fase final de teste de <a href="https://www.scmp.com/business/article/3317715/china-has-60-drugs-under-trial-rival-ozempic-others-us150-bn-weight-loss-market">60 novas substâncias rivais do Ozempic</a>.</p> <p>Tal façanha possibilitou que, em seis meses, as farmácias de manipulação americanas fossem abastecidas com insumo suficiente para <a href="https://www.reuters.com/business/healthcare-pharmaceuticals/chinese-companies-turn-generics-shipments-behind-us-weight-loss-craze-fade-2025-09-02/">1,5 bilhão de doses de Wegovy</a>. Na contramão da expansão chinesa, a Novo Nordisk travou intensas <a href="https://www.reuters.com/legal/litigation/novo-nordisk-expands-lawsuits-against-weight-loss-drug-compounders-2025-08-05/">batalhas judiciais</a>, e, alegando proteger a saúde da população, conseguiu tornar ilegal a produção de semaglutida pelas farmácias de manipulação nos EUA. Porém, agora, <a href="https://www.reuters.com/business/healthcare-pharmaceuticals/chinese-companies-turn-generics-shipments-behind-us-weight-loss-craze-fade-2025-09-02/">oito companhias chinesas</a> se preparam não mais para vender insumos, mas para lançar seu genérico de Ozempic no mercado americano, garantindo menores preços e maior competitividade.</p> <h2>No Brasil, a próxima grande batalha</h2> <p>O Ozempic está no centro de uma guerra transnacional. No Canadá, o “erro” da Novo Nordisk deixou um rastro de desconfiança. Na Dinamarca, o imbróglio canadense expôs fragilidades internas e afastou investidores. Nos Estados Unidos, a Novo Nordisk tenta a todo custo afastar os concorrentes, em meio a críticas constantes pelos altos preços praticados no país. No Brasil, a disputa pela produção local e pelo acesso ao medicamento promete reconfigurar o mercado em 2026. Seja como for, a semaglutida é hoje mais que um remédio. Pode ser vista como símbolo das tensões entre inovação, mercado e saúde pública em escala global.</p> <p>O Brasil é um dos maiores mercados de GLP-1, como se percebe pelos <a href="https://valor.globo.com/empresas/noticia/2023/09/14/ozempic-vira-fenomeno-no-brasil-e-gera-r-37-bilhoes-em-vendas.ghtml">R$ 3,7 bilhões</a> movimentados apenas pelo Ozempic em 2023. Assim, não há como escapar das disputas político-econômicas que cercam esses medicamentos, nem de seus reflexos no campo jurídico. Em 2023, o Tribunal Regional Federal da 1ª Região, com base em uma <a href="https://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=4984195">decisão</a> do Supremo Tribunal Federal, negou os pedidos feitos pela Novo Nordisk para a extensão da patente de seus medicamentos à base de semaglutida &#8211; Ozempic e Rybelsus &#8211; fixando sua <a href="https://oglobo.globo.com/saude/noticia/2025/07/16/ozempic-laboratorio-vai-ao-stj-em-ultima-tentativa-para-estender-patente-do-remedio-que-cai-no-ano-que-vem.ghtml">expiração</a> para março de 2026.</p> <p>A partir daí, inicia-se uma série de batalhas judiciais pelos limites do monopólio das substâncias, em que mesmo vitórias parciais e temporárias são significativas. De fato, uma sentença judicial favorável à manutenção de uma patente milionária &#8211; como, por exemplo, a do Ozempic &#8211; ainda que pouco depois seja seguida por outra desfavorável, enquanto estiver em vigor, se traduz em altos ganhos em dinheiro. Aqui, um embate em que os detentores da patente tentam a todo custo afastar os concorrentes. Mesmo antes da concessão definitiva da patente, ao ser feito o depósito do pedido &#8211; especialmente, se o requerente for um grande laboratório &#8211; os potenciais concorrentes afastam-se, temendo que ela venha a ser concedida. A ameaça se mantém se a patente houver expirado e o detentor pedir judicialmente sua extensão.</p> <p>Assim, no caso da liraglutida e semaglutida, enquanto a patente estiver <a href="https://www.migalhas.com.br/arquivos/2025/9/64FDF0DBD47FA0_10890240720214013400.pdf"><em>sub judice</em></a>, lançar um medicamento genérico no mercado será um risco. Ainda que a Novo Nordisk tenha apenas 1% de chance de recuperar a patente, se ganhar e algum concorrente houver infringido o monopólio, pode enfrentar uma ação judicial capaz até de levar ao fim da empresa. Este é o caso da farmacêutica brasileira EMS, pega no <a href="https://noticias.uol.com.br/saude/ultimas-noticias/redacao/2025/09/05/justica-devolve-patente-de-caneta-emagrecedora-liraglutida-a-novo-nordisk.htm">contrapelo</a>. Pouco antes da recuperação da patente pela Novo Nordisk, havia lançado o primeiro medicamento brasileiro à base de liraglutida.</p> <p>Tais elementos compõem o capítulo seguinte da batalha em que a Novo Nordisk recupera a patente da liraglutida até 2033, graças a outra <a href="https://www.migalhas.com.br/arquivos/2025/9/64FDF0DBD47FA0_10890240720214013400.pdf">sentença do TRF-1</a>. Impulsionado pelo tempo e dinheiro ganhos com essa vitória, o laboratório continua a buscar também a extensão da patente da semaglutida, enquanto testa novos usos para a substância. O espetáculo <a href="http://www.ebooksbrasil.org/adobeebook/socespetaculo.pdf">link text</a> jurídico segue com a EMS conseguindo reverter a situação, na tarde de sábado, 6 de setembro, por meio de uma <a href="https://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/2025/09/justica-suspende-decisao-que-ampliou-patente-de-caneta-emagrecedora.shtml">liminar</a>. A sucessão de recursos e acusações de litigância de má fé tende a prosseguir até que o Supremo Tribunal Federal decrete o seu fim.</p> <p>Presos nesse jogo que oscila entre o quase-monopólio e o abuso de poder econômico, como apontam <a href="https://www.dbba.com.br/wp-content/uploads/a-inexplicvel-poltica-pblica-por-trs-do-pargrafo-nico-do-art.-40-pargrafo-nico-do-cpi.96-agosto-de-2013.pdf">renomados juristas</a>o Estado e os consumidores em geral são prejudicados com os obstáculos à livre concorrência e onerados pelos preços determinados pelos detentores do monopólio.</p> <h2>A disputa pelo mercado brasileiro</h2> <p>O lançamento dos análogos nacionais deve alterar significativamente o tabuleiro. A Biomm, farmacêutica brasileira especializada em biotecnologia, anunciou que sua versão da semaglutida chega ao mercado assim que a patente expirar, tendo já inaugurado com a indiana Biocon uma unidade de produção em Nova Lima (MG).</p> <p>A Novo Nordisk, por sua vez, anunciou R$ 6,4 bilhões em investimentos na expansão de sua fábrica em Montes Claros (MG), com previsão de inaugurá-la em 2028. Em paralelo, outras farmacêuticas nacionais — como EMS, Hypera e Cimed — também se preparam para disputar o mercado com apoio financeiro do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).</p> <p>Entretanto, o grande prêmio dos laboratórios ainda parece estar longe de ser obtido. Em agosto de 2025, a Comissão de Incorporação de Inovações Tecnológicas (CONITEC), órgão do Ministério da Saúde deu um <a href="https://oglobo.globo.com/saude/noticia/2025/08/20/comissao-ligada-ao-ministerio-da-saude-barra-incorporacao-do-ozempic-no-sus.ghtml">parecer negativo</a> à incorporação e oferta tanto da liraglutida quanto da semaglutida no Sistema Único de Saúde, devido ao baixo custo-efetividade.</p> <p>Em breve 2026 chegará, e será interessante ver como a situação vai evoluir. Um dado novo pode ser a presença de <a href="https://www.reuters.com/business/healthcare-pharmaceuticals/chinese-companies-turn-generics-shipments-behind-us-weight-loss-craze-fade-2025-09-03/">empresas chinesas</a> atraídas pela expiração da patente de semaglutida, para vender ingredientes farmacêuticos ativos (IFAs) aos fabricantes de medicamentos genéricos. A entrada desse novo <em>player</em> levará a um redimensionamento econômico-político-jurídico do mercado que, certamente, terá de enfrentar a oposição dos grandes laboratórios. Em contrapartida, aumentará a competitividade e produzirá uma queda do preço dos medicamentos. Na mesa, fica a questão da manutenção do espírito da sentença do Supremo Tribunal Federal que vai ao encontro dos interesses da sociedade, ao gerar uma maior economia do Sistema Único de Saúde na compra de medicamentos.<!-- Abaixo está a tag de contagem de página do The Conversation. Por favor, NÃO REMOVA. --><img loading="lazy" decoding="async" style="border: none !important; box-shadow: none !important; margin: 0 !important; max-height: 1px !important; max-width: 1px !important; min-height: 1px !important; min-width: 1px !important; opacity: 0 !important; outline: none !important; padding: 0 !important;" src="https://counter.theconversation.com/content/264924/count.gif?distributor=republish-lightbox-basic" alt="The Conversation" width="1" height="1" /><!-- Fim do código. Se você não vir nenhum código acima, obtenha um novo código na aba Avançado, depois de clicar no botão Republicar. O contador de páginas não retém quaisquer dados pessoais. Mais informações: https://theconversation.com/republishing-guidelines --></p> <p><a href="https://theconversation.com/profiles/carlos-roberto-oliveira-2408675">Carlos Roberto Oliveira</a>, Pesquisador em Direito Biomédico e propriedade intelectual de medicamentos e Professor titular da Escola de Ciências Jurídicas, <em><a href="https://theconversation.com/institutions/universidade-federal-do-estado-do-rio-de-janeiro-unirio-3247">Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO)</a></em></p> <p>This article is republished from <a href="https://theconversation.com">The Conversation</a> under a Creative Commons license. Read the <a href="https://theconversation.com/a-guerra-do-ozempic-dinamarca-canada-eua-china-e-brasil-disputam-o-medicamento-mais-lucrativo-do-planeta-264924">original article</a>.</p> </div> <p>The post <a href="https://gizmodo.uol.com.br/a-guerra-do-ozempic-dinamarca-canada-eua-china-e-brasil-disputam-o-medicamento-mais-lucrativo-do-planeta/">A guerra do Ozempic: Dinamarca, Canadá, EUA, China e Brasil disputam o medicamento mais lucrativo do planeta</a> appeared first on <a href="https://gizmodo.uol.com.br">Giz Brasil</a>.</p>
  3. Descoberto capacete intacto de guerra ocorrida há mais de 2 mil anos

    Fri, 12 Sep 2025 16:09:08 -0000

    Capacete romano foi encontrado no fundo do mar, próximo de onde ocorreu a Batalha das Ilhas Égadas, na Sicília, em 241 a.C.

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    <p>Arqueólogos recuperaram um capacete <a href="https://gizmodo.uol.com.br/descoberta-de-cidade-perdida-pode-reescrever-historia-do-imperio-romano/">romano</a> no fundo do mar próximo a onde ocorreu a Batalha das Ilhas Égadas, na Sicília, em 241 a.C. O capacete militar tinha protetores de bochecha totalmente preservados, mesmo após mais de dois milênios submerso. As informações são do Portal Institucional da Região da Sicília.</p> <ul class="sup-related-posts"> <li class="item"><a href="https://gizmodo.uol.com.br/sapato-romano-incomum-pe-47/">Escavação encontra sapato romano incomum para pé n° 47</a></li> <li class="item"><a href="https://gizmodo.uol.com.br/moda-romana-bolsa-de-bronze-1-800-anos/">Moda romana: arqueólogos acham bolsa de bronze de 1.800 anos</a></li> </ul> <p>O capacete Montefortino foi datado do século 4 a.C. ao início do <a href="https://gizmodo.uol.com.br/papiro-de-2-mil-anos-revela-que-a-corrupcao-ja-existia-no-imperio-romano/">período imperial</a>. Ele tinha cúpula arredondada de bronze, botão central, aro alargado e proteção de pescoço eficazes e duráveis. Muitos fragmentos já foram desenterrados, mas exemplares completos com as bochechas intactas são extremamente raros.</p> <p>A Batalha encerrou a Primeira Guerra Púnica, após 23 anos de luta entre Cartago e Roma pelo controle do Mediterrâneo Ocidental. A vitória romana forçou Cartago a se render, bem como a pagar duras reparações e entregar a Sicília, primeira província ultramarina de Roma. Dessa forma, iniciou-se o domínio na região.</p> <h3>Descobertas arqueológicas na Sicília e nas Ilhas Égadas</h3> <p>A descoberta faz parte de um projeto da Superintendência do Mar da Sicília em colaboração com mergulhadores, arqueólogos marítimos e parceiros internacionais. As descobertas ressaltam o papel da Sicília como guardiã do patrimônio mediterrâneo, bem como do leito marinho do Égadi como uma das principais áreas arqueológicas subaquáticas do mundo.</p> <p>Mais de 15 anos de trabalho nas Ilhas Égadas resultaram na coleta de mais de 30 capacetes, 27 aríetes navais de bronze, espadas, lanças, dardos, cerâmica e <a href="https://gizmodo.uol.com.br/moeda-de-ouro-romana-com-2-mil-anos-e-descoberta-por-arqueologos/">moedas</a>. Além disso, os artefatos compõem um registro arqueológico da batalha épica da Primeira Guerra Púnica.</p> <p>Tomografias computadorizadas revelaram o formato de armas incrustadas sem danificar suas superfícies. Além disso, tratamentos de conservação limparam um pedaço de proa com a inscrição do nome do oficial romano Sérvio Sulpício. O procedimento forneceu uma rara evidência de administração militar durante a guerra.</p> <p>De um naufrágio do século 5 d.C., mergulhadores recuperaram uma alça de bronze, prova de que os mares permaneceram como encruzilhadas para comércio e guerra por séculos depois das Guerras Púnicas.</p> <p>The post <a href="https://gizmodo.uol.com.br/descoberto-capacete-intacto-de-guerra-ocorrida-ha-mais-de-2-mil-anos/">Descoberto capacete intacto de guerra ocorrida há mais de 2 mil anos</a> appeared first on <a href="https://gizmodo.uol.com.br">Giz Brasil</a>.</p>