<p>Os doutorandos australianos Louis Desdoigts e seu colega Max Charles ajudaram a aprimorar a visão do <a href="https://gizmodo.uol.com.br/james-webb-prova-que-exoplaneta-de-lava-escaldante-tem-uma-atmosfera/">Telescópio Espacial James Webb</a>. A inovação permitiu que pesquisadores da <a href="https://www.sydney.edu.au/news-opinion/news/2025/10/20/sydney-students-sharpened-images-on-james-webb-telescope.html" target="_blank" rel="noopener">Universidade de Sydney</a> desenvolvessem uma solução de software para corrigir o desfoque em imagens do telescópio, avaliado em bilhões de dólares.</p>
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<p>O trabalho restaurou a nitidez de um instrumento científico vital sem sair da Terra. O instrumento em questão é o único componente de hardware projetado na Austrália para o JWST, o Interferômetro de Máscara de Abertura.</p>
<p>O interferômetro permite capturar imagens de altíssima resolução de estrelas e exoplanetas, combinando a luz de múltiplas áreas no espelho principal. Entretanto, após o início das operações, os cientistas descobriram que seu desempenho estava prejudicado por distorções no detector da câmera infravermelha.</p>
<p>Essas distorções causaram desfoque nas imagens recuperadas, semelhante ao que ocorreu com o <a href="https://gizmodo.uol.com.br/hubble-detecta-objeto-raro-formado-apos-a-colisao-de-estrelas/">Telescópio Espacial Hubble</a>, exigindo uma missão do ônibus espacial e caminhadas espaciais de astronautas para correção.</p>
<p>No lugar de projetar uma nova lente ou organizar uma missão de resgate, os estudantes Desdoigts e Charles criaram um sistema de calibração baseado em dados e exclusivamente por software, que corrigiu o foco.</p>
<p>Aliás, o sistema chama-se AMIGO (Aperture Masking Interferometry Generative Observations). Ele usa simulações avançadas e redes neurais para modelar como a óptica e a eletrônica do telescópio se comportam no espaço. Assim, ao compreender uma imperfeição, a equipe desenvolveu algoritmos para “desfocar” as imagens e restaurar a sensibilidade do interferômetro. Com isso, o <a href="https://gizmodo.uol.com.br/james-webb-vai-fazer-teste-crucial-de-estabilidade-termica/">James Webb</a> alcançou detecções mais nítidas do que nunca de objetos celestes tênues.</p>
<blockquote><p>“Em vez de enviar astronautas para instalar novas peças, eles conseguiram consertar as coisas com código”, disse o professor Peter Tuthill, da Escola de Física da Universidade de Sydney e do Instituto de Astronomia de Sydney, criador do interferômetro. “É um exemplo brilhante de como a inovação australiana pode ter um impacto global na ciência espacial.”</p></blockquote>
<div id="attachment_675075" style="width: 1610px" class="wp-caption alignnone"><img fetchpriority="high" decoding="async" aria-describedby="caption-attachment-675075" class="wp-image-675075 size-full" src="https://gizmodo.uol.com.br/wp-content/blogs.dir/8/files/2025/10/cq5dam.web_.800.418.2x.jpeg" alt="australianos james webb" width="1600" height="836" srcset="https://gizmodo.uol.com.br/wp-content/blogs.dir/8/files/2025/10/cq5dam.web_.800.418.2x.jpeg 1600w, https://gizmodo.uol.com.br/wp-content/blogs.dir/8/files/2025/10/cq5dam.web_.800.418.2x-300x157.jpeg 300w, https://gizmodo.uol.com.br/wp-content/blogs.dir/8/files/2025/10/cq5dam.web_.800.418.2x-970x507.jpeg 970w, https://gizmodo.uol.com.br/wp-content/blogs.dir/8/files/2025/10/cq5dam.web_.800.418.2x-320x167.jpeg 320w, https://gizmodo.uol.com.br/wp-content/blogs.dir/8/files/2025/10/cq5dam.web_.800.418.2x-768x401.jpeg 768w" sizes="(max-width: 1600px) 100vw, 1600px" /><p id="caption-attachment-675075" class="wp-caption-text">O Dr. Louis Desdoigts, agora pós-doutorando na Universidade de Leiden, e Max Charles, doutorando na Universidade de Sydney.</p></div>
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